Entrevista. Joana Carneiro: “Estou muito interessada no diálogo da revolução na evolução da música”
O que vais ler, ver e ouvir é da autoria do Backstage, um podcast criado por Ana Roque e Vasco Barreiros, que tem o apoio da Comunidade Cultura e Arte.
No segundo episódio do podcast Backstage a conversa é com Joana Carneiro, a maestrina titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa do Teatro Nacional de São Carlos. É uma figura importante para a música portuguesa, sendo, ainda por cima, rara a presença feminina na direção de orquestra.
“Os meus pais privilegiaram também a educação pelas artes”, conta-nos a convidada, falando dos seus primeiros passos na música, a par com os seus muitos irmãos. “Sempre tocámos em casa”. Joana diz-nos ainda que em assiste a concertos no São Carlos desde pequena, e se sente muito contente em trabalhar neste local. “Nunca pensei tão jovem ter este privilégio tão grande”, afirma.
A maestrina estudou e trabalhou em muitos lugares do mundo, mas confessa: “dirigir em Portugal para mim é muito emocionante”. Conta-nos ainda algumas das dificuldades que a pandemia veio trazer ao seu trabalho, bem como ao de toda a orquestra. “É um ar que não se respira”.
Indecisa entre o período romântico ou o período clássico, a convidade é desafiada pelas perguntas da rubrica Das Duas Uma, onde é levada a escolher sempre uma de duas opções. Em outras rubricas do programa fala-se sobre a indecisão inicial em seguir este caminho e ainda sobre grandes referências no percuso da maestrina, nomeadamente o incontornável Leonard Bernstein.
“O meu dia a dia será estudar”. É como a convidada descreve o seu quotidiano, no contexto da sua função de maestrina. Fala-nos da importância do espelho e das gravações para a correção do seu gesto e de como estes recursos a influenciam.
A conversa termina com algumas considerações sobre as suas influências musicais e sobre a presença da música erudita em Portugal, bem como algumas dicas para os que têm o sonho de dirigir. Vê o episódio completo aqui: