Entrevista. João Cotrim Figueiredo: “Não gostava de ser membro do governo. A minha missão é abrir caminho para os que me sucederem”
Já estreou a primeira entrevista ao Os 230. Este projecto está focado em entrevistar todos os deputados da Assembleia da República Portuguesa, só não serão entrevistados aqueles que não aceitarem o convite. Além disso, surgirão vídeos informativos sobre particularidades da nossa Democracia e do seu funcionamento.
João Cotrim Figueiredo, Presidente da Iniciativa Liberal, foi assim o primeiro deputado entrevistado por Francisco Cordeiro de Araújo (autor do projecto Os 230).
Durante cerca de 40 minutos o líder da Iniciativa liberal recordou a sua infância no Colégio Alemão, os seus estudos em Londres e todo o seu longo percurso profissional até chegar a deputado. Confrontado sobre a questão de em qual ministério seria mais eficaz, se um dia fizesse parte de um executivo, Cotrim Figueiredo assumiu não pretender fazer parte de um governo e vê a sua presença política como um abrir caminho, para os que lhe sucederem.
A entrevista é ainda composta por momentos mais dinâmicos, incluindo um segmento de perguntas do “Verão Quente de 1975” e de palavras soltas, onde Cotrim Figueiredo associa a TAP a um buraco e sobre o Marquês de Pombal refere que “nem por ser iluminado toleramos déspotas”.
João Cotrim Figueiredo confessou ainda que gostaria que fosse lembrado como “um gajo porreiro” e reconheceu o sentido de humor do deputado comunista João Oliveira, que aquando da sua primeira intervenção no parlamento, mencionando que seria o primeiro deputado liberal da Assembleia, gritou que o primeiro teria sido Mouzinho da Silveira, sendo assim João Oliveira o “Mestre dos apartes”, para o deputado liberal.
Por fim, João Cotrim Figueiredo assumiu ainda que até certo ponto da sua vida era dos muitos portugueses que era Liberal e não sabia, sendo esta missão de difusão do Liberalismo uma das missões que carrega, admitindo que existem preconceitos criados por um discurso menos correto, como foi exemplo a discussão da taxa única do IRS.
A entrevista completa pode ser vista aqui: