Festival O Gesto Orelhudo, em Águeda: o êxito da resistência cultural
A 19ª edição d’O Gesto Orelhudo previa-se especial e assim foi. Foram cinco dias de orelhas no ar, máscaras no nariz e grandes espetáculos, num Centro de Artes de Águeda adaptado à pandemia. Com a lotação reduzida a metade, houve sempre meia sala cheia.
“Cá se vai andando, com a cabeça entre as orelhas”. As regras eram muitas, mas o público não faltou à 19ª edição do Festival O Gesto Orelhudo e, apesar do distanciamento, os risos e as palmas ouviram-se em uníssono.
Nestes cinco dias de festival, passaram pelo auditório do CAA os fabulosos Tais Quais (com Jorge Serafim, Tim, João Gil e Celina da Piedade, entre outros), o magnífico espetáculo Maestrissimo dos espanhóis Yllana, os austríacos Mnozil Brass perante um público orelhudo sem fôlego, os encantadores irmãos Isaac et Nora na sua estreia internacional e, na despedida desta 19ª edição, as Canções de Roda, Lenga Lengas e Outras Que Tais (Sérgio Godinho, Ana Bacalhau, Vitorino e Jorge Benvinda) com a brilhante participação local de um coro infantojuvenil da Escola de Palco e da ARCEL.
Durante o fim-se-semana, as Tardadas Orelhudas fizeram as famílias explorar novos recantos da envolvente exterior do CAA, com Jogos do Hélder, Escola de Palco, O Mais Maior Grande Dom Roberto, Da Cruz One Man Band e Irmãos Esferovite. E, antes, nos finais de tarde, houve tempo para animadas Conversas Orelhudas com diversos convidados da cena músico-teatral na região.
Organizado pela d’Orfeu AC, numa coprodução com Município de Águeda e Centro de Artes de Águeda, o Festival O Gesto Orelhudo regressa em 2021, na esperança de já se poder respirar melhor. Sempre por humor à música.