Iggy Pop, Limp Bizkit, Placebo, Bauhaus, Suede e Wolfmother no festival EDP Vilar de Mouros
Os que não desistiram do EDP Vilar de Mouros, primeiro em 2020 e depois em 2021, e guardaram os seus bilhetes para o regresso em 2022 serão os primeiros a comemorar a confirmação do cartaz formidável que é hoje conhecido e que reúne PLACEBO, LIMP BIZKIT, IGGY POP, BAUHAUS, SUEDE, WOLFMOTHER, HOOBASTANK, GARY NUMAN, THE LEGENDARY TIGERMAN, BATTLES e TARA PERDIDA, entre muitos outros, nos dias 25, 26 e 27 de Agosto de 2022, no recinto de sempre do mítico festival que celebra, este sábado, 28 de Agosto de 2021, os 50 anos da sua edição fundadora.
Os bilhetes já se encontram à venda para todos os que desejam juntar-se a esta grande festa, na companhia de alguns dos maiores artistas e bandas de sempre, num desfile de verdadeiras lendas vivas da música. Os passes gerais e os bilhetes diários para o EDP Vilar de Mouros 2022 estão disponíveis pelo preço de 80€ e 40€ respetivamente e podem ser adquiridos nos locais habituais. Mais informações em www.edpvilardemouros.com
O concerto dos Placebo, a banda de Brian Molko e Stefan Olsdal, no EDP Vilar de Mouros 2022 marca o regresso aos álbuns de originais e aos palcos portugueses para a celebração dos 20 anos de carreira.Definidores da história da música, os Placebo aparecem sem pedir licença, contornando o Britpop e moldando o rock ao seu jeito andrógino. Rebentam nos tops de todo o mundo, vendendo mais de 12 milhões de álbuns e fazendo tremer as playlists das rádios rendidas a êxitos como “Nancy Boy”, “Every You Every Me”, “Without You I’m Nothing” – com a colaboração de David Bowie, clara inspiração de Molko – “Taste in Men”, a contorversa “Special K” ou a explosiva “The Bitter End”.
Estas são algumas das muitas malhas que preenchem uma carreira imaculada. O público português, militante desde o primeiro segundo da sedução, do domínio, da dor e do prazer que os Placebo jorram nas suas músicas, tem bem presentes os concertos memoráveis de norte a sul do país, onde a condição de “casa cheia” foi sempre cumprida com ardente religiosidade. A atuação no mais antigo festival da Península Ibérica é, por isso, um dos momentos mais aguardados desta edição, apimentada pela promessa de um novo álbum de estúdio – o segundo nos últimos dez anos e oitavo de originais da carreira – que já faz salivar os fãs e certamente verá a luz do dia antes de os Placebo subirem ao palco do EDP Vilar de Mouros, em 2022.
No caso da banda liderada pelo incontornável Fred Durst, o concerto no EDP Vilar de Mouros 2021 marca o regresso dos Limp Bizkit ao Minho, onde se estrearam ao vivo no nosso país há 20 anos. Portugal nunca ficou indiferente a este fenómeno que marcou a última década do último milénio e rendeu-se por completo ao sucesso e à virulência das letras, dos riffs e dos scratches dos Limp Bizkit. Foi aliás no nosso país – mais precisamente no reservatório da Mãe d’Água das Amoreiras, em Lisboa – que os norte-americanos rodaram em 2001 um dos seus mais famosos videoclipes, o do tema Boiler.
A crescente corrente de fãs e o sucesso de vendas de trabalhos como Significant Other (1999), que trouxe ao mundo hinos do nu-metal como Nookie, Break Stuff ou Re-Arranged, e de Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (2000), catapultou os Limp Bizkit do movimento nu-metal para o mainstream à escala planetária, tornando-se numa das maiores bandas do mundo. O concerto no EDP Vilar de Mouros 2021 é o primeiro numa década em solo português, motivo mais do que suficiente para deixar as expectativas em altas.
E por falar em ícones do rock, quem melhor do que o Iggy Pop para celebrar o regresso do mais antigo festival da Península Ibérica, dois anos após uma paragem forçada provocada por uma pandemia? Um dos músicos mais elásticos, inventivos e arrebatadores da história do punk, do rock e da pop contemporânea e um verdadeiro animal de palco, apesar dos seus mais de 70 anos, espera-se que Iggy Pop sacuda a plateia do EDP Vilar de Mouros 2022. Mais do que um concerto, uma viagem desde os tempos dos The Stooges, que o entronaram como “padrinho do punk” à boleia de temas como I Wanna Be Your Dog ou 1969, passando pela icónica colaboração com David Bowie na então fervilhante Berlim Ocidental dos anos 70 e que deu origem a dois álbuns de culto – Lust For Life e The Idiot, ambos lançados em 1977 – ao Post Pop Depression (2016) que viria a marcar o regresso de Iggy aos trabalhos a solo, escudado por outro senhor do rock, Josh Home (Queens of The Stone Age).
Quando em 2019 os Bauhaus, a banda de Peter Murphy, Daniel Ash, David J e Kevin Haskins, anunciaram que voltariam a tocar ao vivo, depois de 13 anos de separação, as águas agitaram-se de tal forma que a torrente chegou em força a Portugal. Ao EDP Vilar de Mouros, a banda britânica vem mostrar o porquê de ser um dos símbolos mais sólidos daquele rock sombrio do post-punk , decadente e simultaneamente romântico, que faz do minimalismo, dos acordes e dedilhados irregulares das guitarras e dos sintetizadores oníricos a sua indelével impressão digital.
Tão disruptiva foi a sonoridade dos Bauhaus quando apareceram em 1979 com o hino imortal do rock gótico Bela Lugosi’s Dead e tão profunda é a sua marca que os estilhaços provocados por esta epifania musical, inspirada na corrente artística alemã do início do séc. XX a quem tomaram de empréstimo o nome, se sentem de forma tão eclética em artistas desde Marilyn Manson a Moby, de Nine Inch Nails ao aclamado DJ americano Carl Craig, dos The Cult a Ariel Pink. No concerto do EDP Vilar de Mouros espera-se não menos do que a catarse geral ao som de clássicos como Bela Lugosi’s Dead, God in an Alcove, Kick in the Eye ou She’s In Parties.
Igual presságio para as atuações de Wolfmother e The Legendary Tigerman. Se à banda de Andrew Stockdale, qual incorporação e reinvenção do hard rock clássico dos anos 70, reconhecemos o génio em malhas como Woman, vencedora de um Grammy em 2007, Joker and the Thief ou Love Train, a Paulo Furtado não faltam adjetivos para qualificar a relação de amor que este viajante do rock tem selado com o público português ao longo de décadas, à boleia de trabalhos prodigiosos como Naked Blues (2002), Masquerade (2006), Femina (2009), True (2014) ou o último Misfit (2018).
Também os Hoobastank comemoram 20 anos de carreira no EDP Vilar de Mouros 2022. Na bagagem trazem Push Pull (2018), o surpreendente sexto trabalho de originais e o primeiro desde 2012, ano de Fight or Fight. Nas palavras do vocalista Doug Robb, cofundador da banda com os então colegas de faculdade Dan Estrin e Chris Hesse, Push Pull é o álbum onde os Hoobastank deram tudo de si, “é pegar ou largar”. O resultado é um conjunto de onze temas inspirados pelo rock alternativo e pela pop dançável de uns Duran Duran, INXS ou U2 dos 80 e 90. Já os Battles, a banda de Ian Williams e John Stanier, ignora os limites do rock tradicional para criar uma música que seja tão envolvente quanto inventiva e tecnicamente bem executada numa combinação de pós-rock, prog, eletrónica, pós-punk e muito mais, sempre à procura de destruir qualquer resquício de ortodoxia.
Um dos fundadores do synth-pop, Gary Numan influenciou inúmeros artistas com o seu rock eletrónico distópico, em permanente evolução desde o final dos anos 1970. Chega ao EDP Vilar de Mouros 2022 com o novo álbum Intruder editado este ano 2021, em que se debruça sobre os efeitos da destruição humana e das mudanças climáticas, na perspectiva do próprio planeta Terra.
Em bom português e sem papas na língua, os Tara Perdida voltam a actuar num recinto onde já foram muito felizes. Quem ainda se lembra do concerto dado em 1996, no então palco Blitz, certamente não quererá perder a oportunidade de rever um dos maiores símbolos do punk-rock nacional na edição de 2021 do EDP Vilar de Mouros. Não faltarão temas como Zombie, Até m’embebedar, Batata-frita Pala-Pala, Lisboa ou o mais melódico Nasci Hoje, malhas rasgadas que continuam a provocar furacões nas plateias. O concerto ganha contornos ainda mais emblemáticos pelo facto de marcar a celebração dos 25 anos de carreira dos Tara Perdida. O alinhamento irá refletir isso mesmo e não esquecerá João Ribas, vocalista histórico que faleceu em 2014 vítima de infeção respiratória.
Com pergaminhos reconhecidos além-fronteiras, o EDP Vilar de Mouros é um festival icónico que alia a essência e a tradição a uma constante procura de novas sonoridades. A par da música, os valores de inclusão e a consciência ambiental e socialmente activa voltam a estar no coração do EDP Vilar de Mouros, que reforçará o trabalho junto da comunidade com o envolvimento de instituições locais com conteúdos diferenciadores e o desenvolvimento de projetos inovadores para reduzir o impacto do festival no meio ambiente. Mais uma vez, a EDP será a parceira oficial do festival, reforçando a colaboração que tem sido estreitada nas últimas edições e que resulta da estratégia da marca em apostar na música e na cultura para promover o desenvolvimento sustentável da sociedade e das regiões.
Os ingredientes estão todos alinhados para, em 2022, dar continuidade ao crescimento sustentável que se tem consolidado desde 2016 e que atingiu maior expressividade em 2019, numa edição que ficou marcada pela estreia de um segundo palco – o palco MEO -, pelo aumento das áreas de lazer e de restauração e pela resposta massiva do público, que esgotou os passes gerais e o dia das actuações de Offspring e Skunk Anansie. Isto é Vilar de Mouros!