IKEA vai deixar de vender produtos de plástico de uso descartável
Pratos, Palhinhas, copos, sacos do lixo, sacos de congelação, entre outros, irão deixar de fazer parte da gama de produtos das lojas IKEA. A juntar a isso, nos restaurantes e cafés da empresa, os produtos referidos já estão a ser retirados em 363 lojas de 29 países, incluindo em Portugal.
“A produção em massa de plástico, que teve início há apenas seis décadas, cresceu tão rapidamente que criou 8,3 mil milhões de toneladas métricas — na sua maioria, relativa a produtos descartáveis que acabam por ir parar ao lixo. Se esta quantidade parece incompreensível, é porque, de facto, o é. Até mesmo os cientistas dispostos a realizar a primeira contagem mundial da quantidade de plástico produzido, deitado fora, queimado ou colocado em aterros, ficaram horrorizados pela dimensão dos números.”, pode ler-se num estudo divulgado pela National Geographic.
Até 1 de Janeiro de 2020, a IKEA espera retirar das suas lojas, todos os produtos de plástico de uso único e descartável. Esta decisão reflecte o compromisso da empresa na promoção da economia circular e dos objectivos presentes na estratégia de sustentabilidade “Pessoas Positivas, Planeta Positivo”:
- Desenvolver continuamente a gama IKEA, com produtos cada vez mais sustentáveis, assegurando que todos os principais artigos de decoração para casa são renováveis, recicláveis ou reciclados e reduzir o desperdício através dos princípios do modelo de economia circular;
- Propor a concepção de todos os produtos e embalagens de materiais através de materiais renováveis ou reciclados, até 2030;
- Eliminação gradual de materiais fósseis e plástico nos produtos, até 2030.
“Queremos continuar a trabalhar com os nossos fornecedores e a desafiá-los, a longo prazo, a adotarem práticas mais sustentáveis para continuarmos a desenvolver a nossa gama com a garantia de que todos os materiais são reutilizáveis ou recicláveis”, refere Cláudia Domingues, responsável de Comunicação e Sustentabilidade da IKEA Portugal.
“”Todos sabíamos que existiu um aumento rápido e acentuado na produção de plástico desde 1950 até ao presente, mas, na verdade, quantificar o volume de plástico acumulado alguma vez produzido foi bastante chocante”, afirma Jenna Jambeck, engenheira ambiental da Universidade de Georgia, especializada no estudo dos resíduos de plástico nos oceanos.”, pode ler-se no mesmo estudo divulgado pela National Geographic.
Actualmente, e segundo dados fornecidos pela IKEA, 98% das embalagens utilizadas nos produtos de mobiliário já são feitas a partir de materiais renováveis, recicláveis ou reciclados e 88% são concebidos à base de fibras naturais provenientes do papel. A meta da IKEA é “utilizar materiais que cumpram os princípios do design democrático, os compromissos com a economia circular e as necessidades das pessoas”, pode ler-se no mesmo comunicado.