Lisboa Dance Festival continua a inovar, sem perder o foco na música

por Comunidade Cultura e Arte,    15 Fevereiro, 2018
Lisboa Dance Festival continua a inovar, sem perder o foco na música
Fotografia por Diogo Caetano
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O Lisboa Dance Festival é uma das adições mais recentes à paisagem de festivais portugueses, mas tem vindo a deixar a sua marca como uma experiência imersiva no mundo da música electrónica. 2018 vê o festival a definir uma personalidade inovadora, trazendo várias novidades, incluindo uma mudança de localização. O antigo complexo fabril que agora alberga o Hub Criativo do Beato receberá a terceira edição do certame lisboeta, nos dias 9 e 10 de Março, dinamizando ainda mais essa área emergente da cidade e expandindo a oferta cultural da mesma.

Outra grande novidade é a recém-formada parceria com a Biennial of Contemporary Arts (BoCA). Esta união verá a BoCA levar obras de artistas que trabalham na área da música, da dança e performance, a uma das salas do Hub Criativo do Beato, tornando o Lisboa Dance Festival mais abrangente, ao apresentar o melhor do que se faz na arte contemporânea – para além da música. A primeira obra revelada é “Body Double 35”, de Brice Dellsperger: uma colaboração entre Dellsperger e o bailarino François Chaignaud, que reinterpretam a segunda cena do filme americano de 1980, Xanadu.

Regressam as TALKS – um formato familiar dos assíduos do festival – para fomentar a discussão cultural. O painel de oradores confirmados inclui nomes como Branko, Ryan Miller (Resident Advisor), Luís Oliveira (Antena 3), Karla Campos ou Rui Miguel Abreu, que discutirão temas actuais, relativos ao equilíbrio entre interesses artísticos e comerciais, assim como o papel de Lisboa no turismo e cultura. As TALKS decorrerão no dia 10 de Março.

E, como não podia deixar de ser, o Lisboa Dance Festival traz de novo um consistente e variado cartaz no que toca ao mundo da música electrónica. O grande nome é a britânica NAO, que, ainda praticamente em início de carreira, já tem vindo a fazer ondas com a sua voz nasalada, emprestada a colaborações com Disclosure, Mura Masa ou Kwabs. A soul dançável infundida de electrónica, R&B e funk da sua música regressará a terras lusas após a estreia da artista no Vodafone Mexefest, em 2016. As honras de cabeça-de-cartaz são partilhadas com o americano Nosaj Thing, que trará um espectáculo live ao Hub Criativo do Beato, onde apresentará a sua electrónica esparsa e escura, com laivos de hip-hop e música ambiente.

O cartaz inclui ainda uma miríade de nomes de diversos fundos e géneros musicais que orbitam o mundo da electrónica: Joe Goddard, um dos membros dos Hot Chip, aqui a apresentar o seu trabalho a solo; os portugueses Xinobi, Mirror People, MVRIA, GPU Panic, Kking Kong e DJ Marfox; os astros Romare, Midland e Octave One; o space disco nórdico de Prins Thomas; o techno do americano Truncate; o ecletismo da DJ irlandesa Saoirse; e até a mistura de pós-punkspace rock dos Paraguaii, entre muitos outros.

Entre 9 e 10 de Março, da música à discussão cultural, passando pelas artes visuais, o Lisboa Dance Festival irá tomar de assalto o Hub Criativo do Beato com uma programação recheada de experiências inovadoras, para saciar o apetite daqueles que querem conhecer o que de melhor se faz nas artes.

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