Os livros da actriz Anya Taylor-Joy
Nasceu em Miami, cresceu na Argentina, onde tem a maioria da sua família, mudou-se para Londres quando tinha apenas 6 anos, e não mais voltou a ter uma residência fixa. A sua mãe é espanhola-inglesa e o pai escocês-argentino. Anya Taylor-Joy cresceu e viveu sempre num ambiente muito multicultural. Apesar de jovem, é já uma atriz bastante conhecida pelos seus papeis em Emma, A Bruxa ou a série Peaky Blinders. No entanto, o papel que a fez explodir foi o de Beth Harmon na série Gambito de Dama. Este papel mereceu-lhe um Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme em 2021. Nesta série, Anya é um jovem prodígio do xadrez em ascensão, ao mesmo tempo que enfrenta problemas na sua vida. A série ficou tão conhecida que imensa gente começou a jogar e aprender xadrez como consequência.
Anya é muito ligada à Arte. Estudou balé, gosta de cantar, escrever e um dos seus prazeres mais conhecidos e declarados é o de ler um bom livro. Numa entrevista à ABC News, em Fevereiro de 2020, disse que aprendeu inglês a ler livros de Harry Potter, era muito solitária. Diz que sempre leu imenso, mas que ao começar a carreira de atriz isso ficou mais complicado. Em 2020, os livros ajudaram-na a saltar entre mundos diferentes (personagens diferentes) já que “ler um livro era a única maneira de eu conseguir que as pessoas não me tocassem ou que estivessem à minha volta, tinha o meu pequeno mundo e ali podia fazer uma pausa entre personagens”.
Na rúbrica da Vogue “O que levas na mala?”, a primeira coisa que mostra são… livros! Diz que leva pelo menos 1, mas pode perfeitamente andar a ler 2 livros ao mesmo tempo. Neste caso, andava a ler Kink: stories de R. O. Kwon e Garth Greenwell, um conjunto de contos focados em amor e desejo, e The Dud Avocado de Elaine Dundy, uma história sobre uma mulher americana bonita, inteligente e divertida que decide mudar-se para Paris com o objetivo de viver a vida ao máximo. Diz que “toda a gente devia trazer sempre um livro na mala para que nunca estejas aborrecido”. E outro pormenor que não deve escapar: a bolsa dela é da Shakespeare & Company a famosíssima livraria de Paris, “um dos meus lugares favoritos neste mundo” diz ela. Outra aparição pública dela e racionada com o mundo da moda e do luxo, foi a publicidade que fez para a Tiffany & Co. na qual vemos Anya numa biblioteca rodeada de livros. Olha e toca neles com a expressão de carinho que só uma apaixonada por livros pode ter diante de uma estante.
O leitor pode consultar vários livros lidos por Anya no seu Instagram (@anyataylorjoy), já que a atriz fez uma coleção de todos os insta stories com fotos dos livros que andou a ler durante a quarentena. Como alternativa podem consultar esta lista que os fãs fizeram no Goodreads.
Como se pode ver pela lista, os seus gostos vão desde clássicos como o “Ulisses” de James Joyce a fenómenos recentes como o “Conversas entre amigos” de Sally Rooney. Um dos seus autores favoritos é a conceituada jornalista e escritora Joan Didion, a norte-americana é uma dos mais importantes no ramo do século XX. Em concreto, leu os seus livros: O ano do pensamento mágico, O álbum branco e Noites azuis. Podemos encontrar ainda Pablo Neruda, Hemingway, Haruki Murakami, Françoise Sagan, Patti Smith, Nabokov… sobre este último, leu Riso na escuridão. A provável motivação é que dito livro vai ser adaptado ao grande ecrã pelo realizador Scott Frank, também ele o Realizador de Gambito de Dama. Ao que parece, Anya irá marcar presença para representar uma jovem aspirante a atriz, uma das personagens principais do livro de Nabokov. Uma combinação entre paixões suas: os livros e o cinema.