Programação de Fevereiro no Cineclube de Faro

por Comunidade Cultura e Arte,    7 Fevereiro, 2018
Programação de Fevereiro no Cineclube de Faro
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Fundado em 1956, o Cineclube de Faro é um dos mais antigos cineclubes portugueses tendo recebido em 2003 o estatuto de Instituição de Utilidade Pública. Em Fevereiro haverão, como não poderia deixar de ser, haverão várias sessões dinamizadas pelo mesmo, incluindo uma sessão com acompanhamento musical e o ciclo “Encantos e desencantos”.

O Vento, de Victor Sjöström, dia 8 Fevereiro às 21h30 na Igreja de Santiago em Tavira
Acompanhado ao piano por Filipe Raposo, com abertura de Ricardo J. Martins na guitarra, o ciclo de cine-concertos nas igrejas do Algarve tem a sua próxima soirée na Igreja de Santiago, em Tavira, com a projecção de O Vento.  Realizado pelo mestre sueco Victor Sjorstorm, em1928, é um dos últimos filmes mudos produzidos pela Metro-Goldwyn-Mayer. Será acompanhado ao piano por Filipe Raposo, quem tem no seu currículo colaborações musicais com Sérgio Godinho, Fausto e Ana Moura.
Filmes inseridos no Ciclo do Mês:
O Meu Belo Sol Interior, de Claire Denis, dia 6 de Fevereiro às 21h30 no IPDJ
O ciclo começa pelo amor e os que o procuram incessantemente. Em O Meu Belo Sol Interior, Juliette Binoche veste a pele de uma pintora parisiense, culta e sofisticada, cujo divórcio conduz a aventuras várias com homens muito diferentes. A indecisão da protagonista Isabelle sobre o que realmente sente em cada um destes encontros pode ser entendida à luz de Fragmentos de um Discurso Amoroso, o ensaio de Roland Barthes. Filme da cineasta francesa Claire Denis, um dos um nome mais promissores do panorama recente europeu, autora de Beau Travail (1999) e 35 Shots of Rum (2008).
Olhares Lugares de Agnès Varda e JR, dia 13 de Fevereiro às 21h30 no IPDJ
Olhares Lugares é o encontro feliz entre o documentário de Agnès Varda e a fotografia de Jean René. Separados por gerações, esta dupla decide cruzar experiências nas artes visuais – Agnès é um dos nomes maiores da nouvelle vague francesa, enquanto JR cria instalações ao ar livre e tem milhões de seguidores virtuais no Instangram. O filme acompanha a viagem de ambos pelas obras de cada um, bem como o nascimento de uma bonita amizade.
The Florida Project de Sean Baker, dia 20 de Fevereiro às 21h30 no Teatro das Figuras
Pelos olhos de uma criança, Sean Baker conta-nos a estória de The Florida Project. A longa-metragem dramática do realizador de Tangerine (2015) estreou na última edição do Festival de Cannes e garantiu a Willem Dafoe mais de 15 prémios e uma nomeação para Óscar de melhor ator secundário. O filme contém imagens gravadas em iPhone e aborda, de forma humanizada, o lado menos turístico de Orlando (Florida), através das peripécias de uma família disfuncional.
Uma Mulher Não Chora de Fatih Akin, dia 27 de Fevereiro às 21h30 no IPDJ
Vencedor do prémio de melhor atriz para Diane Kruger, em Cannes, e Globo de Ouro para melhor filme estrangeiro, Uma Mulher Não Chora fala de luto e vingança. O realizador Fatih Akin, turco-germânico, evoca a sua dupla identidade nacional num thriller intenso, em que uma mulher alemã vinga a morte do marido, turco, assassinado por um grupo de neonazis.
Já fora do Ciclo teremos ainda:
Nove Dias de Um Ano de Mikhail Romm, dia 3 de Fevereiro às 21h30 no IPDJ
Aos sábados à tarde, uma vez por mês, o Cineclube de Faro cruza as artes do espectáculo. A escolha de fevereiro é Bruscamente, no Verão Passado – uma adaptação da peça de Tennessee Williams por Joseph L. Mankiewicz. O trabalho do realizador não agradou o dramaturgo, com as interpretações memoráveis de Elizabeth Taylor e Katharine Hepburn nos principais papéis.
Bruscamente, no Verão Passado de J. L. Mankiewicz, dia 10 de Fevereiro às 16h00 no IPDJ
A emoção das descobertas nucleares em pleno auge soviético – eis Nove Dias de Um Ano. O clássico de Mikhail Romm, mestre de Andrei Tarkovsky e Grigori Chukhrai, foi rodado em 1962 e é o próximo título do ciclo Ventos de Leste, dedicado ao centenário da Revolução Russa. Trata-se de um dos mais importantes filmes de regime, considerado, à época, inovador pela cenografia e pelo som.

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