Os meios de expressão da propaganda evoluíram através dos tempos. Da arte rupestre e dos frescos da Capela Sistina, às “facadas” desenfreadas no Twitter, todos os meios de comunicação foram e são explorados para influenciar o público. Os cidadãos são alimentados com mentiras ou meias-verdades. O intelecto é relegado para segundo plano, onde a emoção é alimentada por ameaças sinistras e promessas irrealistas. A mentira anula a verdade e torna-se a nova realidade. A propaganda tem sido em algumas ocasiões relativamente inócua, mas noutras poderosa e mortal.
Este documentário tenta identificar os meios e métodos de persuasão propagandista que foram utilizados por quem procura o poder. Nele será explorada e analisada a ordem mundial, fazendo a contextualização do paradigma actual com base na análise das principais épocas da história, onde a propaganda definiu nações e manteve as populações sob controlo.
“Propaganda: The Art of Selling Lies”, de Larry Weinstein, será exibido a 17 de Fevereiro, pelas 23h45, na RTP1.
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RTP1 exibe documentário “Propaganda: A Arte de Vender Mentiras”
Nestes últimos dias, navegando pelas redes sociais, tenho encontrado várias pessoas que citam, sem aparente honestidade, as atuais restrições de entrada em certos espaços e eventos, em vigor para quem não possui o certificado de vacinação, comparando-as depois com as restrições de acesso aos espaços para quem não tinha o "certificado de arianismo", ou "Ahnenpaß", na Alemanha Nazi.
Este é muito possivelmente o argumento mais dúbio que estas pessoas poderiam partilhar sobre o assunto. Mais facilmente um "reductiu as hitlerum" destes seria usável e instrumentalizável contra negacionistas e opositores de medidas de contenção da pandemia, lembrando que eram precisamente os nazis que defendiam que os elos mais fracos deveriam ser deixados para trás...
Ao longo dos últimos anos, creio que terá sido notório, temos vindo a assistir a uma crescente inundação das secções de comentários de páginas noticiosas com comentários suspeitos, vindos de nichos ideológicos que na verdade não representam a generalidade da opinião da população portuguesa...