Será o melhor Festival de Veneza de sempre? Há 5 filmes imperdíveis
Também no cinema, os prognósticos antes dos filmes valem o que valem. Ainda assim, à laia de isco, servimos aqui cinco aperitivos que seguramente não nos irão passar ao lado nesta muito prometedora 75.ª edição do Festival de Veneza, que acontece de 29 de Agosto a 8 de Setembro. Este ano não falta até quem argumente que poderá muito bem ser o melhor programa de sempre. Pelo menos tem o incentivo de abraçar uma forte presença da Netflix e, como se adivinha também (e já vai sendo hábito), alguns indicadores para os Óscares do próximo ano.
Seja como for, o line-up dos candidatos ao Leão de Ouro supera em muito o que temos visto nos principais festivais concorrentes, Berlim e Cannes. Como gostaríamos de assistir às reuniões com o júri liderado por Guillermo del Toro. Mas por aqui andaremos a dar conta do que vamos vendo e tudo começa amanhã com Ryan Gosling a dar um big step for Man, em First Man, em novo reencontro com Damien Chazelle, e terá ainda Lady Gaga a mostrar ao actor realizador Bradley Cooper o caminho da fama no novo remake de Assim Nasce uma Estrela.
“Roma”, de Alfonso Cuarón
Alfonso Cuarón pinta a preto e branco um retrato comprometido e autobiográfico do México nos anos 70. Um projecto da Netflix que falou Cannes, mas que assume agora toda a sua força.
“The Favourite”, de Yorgos Lanthimos
O grego Yorgos Lanthimos vai fundo no tema de época ao captar as reais excentricidades de Rachel Weisz, Emma Stone e Olivia Colman neste delirante cenário em pleno século XVIII.
“Suspiria”, de Luca Guadagnino
Confiamos em Luca Guadagnino para deitar a mão a este muito desejado remake do mestre Dario Argento. Ainda por cima com a presença de Tilda Swinton e Dakota Johnson. Só pode ser coisa boa.
“Sunset”, de László Nemés
Depois do hype de “O Filho de Saúl”, o húngaro László Nemes oferece agora uma visão do seu país antes da Primeira Guerra Mundial. A curiosidade está no máximo.
“Nuestro Tiempo”, de Carlos Reygadas
No final, outro mexicano, Carlos Reygadas oferece-nos um ousado tour de force de três horas em que o cineasta contracena com a sua própria mulher e as suas filhas.
Artigo escrito por Paulo Portugal, em parceria com Insider.pt