Sérgio Godinho celebra Abril e convida Capicua, Filipe Raposo, Manuela Azevedo, Samuel Úria e Tó Trips

por Comunidade Cultura e Arte,    10 Março, 2022
Sérgio Godinho celebra Abril e convida Capicua, Filipe Raposo, Manuela Azevedo, Samuel Úria e Tó Trips
Sérgio Godinho / Fotografia de Arlindo Camacho
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“O Abril em Lisboa começa mais cedo com um concerto de Sérgio Godinho e convidados especiais. Uma celebração da democracia e da liberdade que, na atualidade, ganha uma relevância especial.”, pode ler-se num comunicado enviado para a nossa redação.

Este ano, o programa Abril em Lisboa arranca mais cedo: na véspera do dia em que a democracia começa a superar o tempo de ditadura, celebra-se a liberdade com um concerto único de Sérgio Godinho.

Dia 23 de março, a partir das 21h30, no Campo Pequeno, Sérgio Godinho partilha o palco e as canções com artistas, cúmplices na música e na vida. A Palavra — transversal a todo o Abril em Lisboa, programa organizado pela EGEAC ­— assume também um papel central neste espetáculo, através de uma seleção de repertório representativo da sua obra.

Ao lado dos “inevitáveis” Assessores, banda que o acompanha há mais de duas décadas, Sérgio Godinho chama para esta noite especial Manuela Azevedo, a voz dos Clã, a rapper Capicua, o cantautor Samuel Úria (estreia no repertório “godineano”) e os instrumentistas Filipe Raposo e Tó Trips. Convidados que, nas palavras de Sérgio Godinho: “serão o esteio da diversidade da música que partilho e admiro — cruzando os nossos territórios e referências”, assume o artista.

Com este concerto, de entrada gratuita (mediante levantamento prévio de bilhete e sujeita à lotação do espaço), a EGEAC dá a conhecer parte do programa Abril em Lisboa 2022, que será integralmente anunciado no próximo dia 22.

A entrada livre é limitada a 2 bilhetes por pessoa e o levantamento será feito na bilheteira do Campo Pequeno e nas Fnac da Área Metropolitana de Lisboa.

O que me ocorre, quando penso que vou estar no Campo Pequeno no dia 23?

Lisboa, desde logo. A minha familiaridade com esta cidade fez-se também com a vivência das suas salas de espectáculos, uma a uma vibrante e cúmplice. Os seus públicos sabem, e levaram com eles o que me tinham dado a mim.

E agora o Campo Pequeno. Tinha-o já habitado, de casa repartida com os meus companheiros dos Três Cantos. Mas desta primeira vez, em nome próprio. Sim. Porém, mais importante, em nome próprio repartido. Porque o distribuo pelos ilustres convidados, que acharam por bem comparecer – a Ana, o Filipe, a Manuela, o Samuel e o Tó. An offer you can’t refuse, pensaram. Fico feliz.

Eles serão o esteio da diversidade da música que partilho e admiro – cruzando os nossos territórios e referências. Espero já o que é já bom.

Por fim, os meus inevitáveis Assessores, que moldam e activam o chão onde iremos pousar. A nossa cumplicidade não tem já nome.

E, mais largo que tudo isto, a comemoração de um momento importante da nossa luta comum pela liberdade. Uma pedra plantada ao alto no chão, assinalando uma data da história. 48-48. Quarenta e oito aos de fascismo, quarenta e oito de democracia. Abril de 74. Está passado o cabo. Pode não querer dizer nada, mas diz tudo.

Sérgio Godinho, Março 2022

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