Sete filmes para ver no mês de Junho na Cinemateca Portuguesa
Durante o mês de junho, a Cinemateca Portuguesa apresentará em Lisboa o programa “No Coração do Noir”, uma retrospetiva sobre o film noir. O estilo visual dos contrastes, das sombras, do suspense, do ambiente claustrofóbico, do erotismo, e da moralidade (ou falta dela). Um ciclo de trinta filmes que é um autêntico curso de cinema, desde já incluindo muitos títulos universalmente considerados os melhores filmes de sempre. Destacamos os seguintes sete:
“The Big Heat”, de Fritz Lang
De entre os vinte e três filmes que o cineasta alemão Fritz Lang realizou em solo americano, “The Big Heat” é dos mais aclamados: um policial sobre um detetive (Glenn Ford) chamado a investigar um suposto suicídio. Famosa é a violenta cena da chaleira de café – em que a violência não é mostrada, pois para Lang o que importa é o ato, e o ato em si é violente o suficiente.
Exibido dia 1 junho às 20h e dia 4 junho às 15h30m.
“The Maltese Falcon”, de John Huston
“The Maltese Falcon”, a estreia na realização de John Huston, é talvez o seu filme mais conhecido. Conta a história de um detetive privado (Humphrey Bogart) e de uma relíquia macabra: uma estatueta em forma de falcão, cobiçada por diversas partes envolvidas. Em 1989, o norte-americano National Film Preservation Board selecionou vinte cinco ilustres filmes dignos de preservação e “The Maltese Falcon” foi um deles.
Exibido dia 2 junho às 18h e dia 5 junho às 15h30m.
“The Big Sleep”, de Howard Hawks
Casal dentro e fora da tela, Humphrey Bogart e Lauren Bacall – acarinhados pelo público como Bogie e Bacall – protagonizam um caso complexo que inclui crime, chantagem, mentiras e amor. “The Big Sleep”, em português “À Beira do Abismo”, é baseado na obra homónima de Raymond Chandler e conta com argumento de William Faulkner.
Exibido dia 5 junho às 20h e dia 9 junho às 15h30m.
“Leave Her to Heaven”, de John M. Stahl
Não poderia deixar de faltar aquele que é considerado o primeiro filme noir a cores. Gene Tierney e Cornel Wilde são os protagonistas de uma relação obsessiva entre uma socialite e um romancista. Filmado em Technicolor e inspirado em elementos do melodrama e da tragédia grega.
Exibido dia 11 junho às 15h30m.
“Double Indemnity”, de Billy Wilder
Um dos 50 melhores filmes americanos de sempre, de acordo com o American Film Institute. Billy Wilder – realizador de outros clássicos como “Sunset Blvd.” e “Some Like It Hot” – baseou-se no caso verídico de uma mulher (interpretada por Barbara Stanwyck) que planeou a morte “acidental” do marido de modo a receber uma dupla indemnização.
Exibido dia 18 junho às 15h30m e dia 24 junho às 18h.
“Kiss Me Deadly”, de Robert Aldrich
A obra maior de Aldrich é também dos filmes preferidos de cineastas como Quentin Tarantino, Jean-Luc Godard e François Truffaut. Ralph Meeker interpreta o papel de um detetive privado de Los Angeles que, depois de dar boleia a uma mulher, se vê envolvido num grande mistério.
Exibido dia 21 junho às 17h15m e dia 26 junho às 15h30m.
“Touch of Evil”, de Orson Welles
“Touch of Evil” inclui talvez a sequência de abertura mais famosa da história do cinema: uma bomba, um carro, uma fronteira entre dois países. O que se segue é a investigação do sucedido, conduzida por um homem em lua-de-mel (Charlton Heston). É um dos 100 melhores filmes de sempre, de acordo com a votação mundial conduzida pela revista Sight & Sound em 2012.
Exibido dia 30 junho às 20h.
Outros títulos da retrospetiva incluem:
– “Shadow a Doubt” (Alfred Hitchcock, 1943)
– “Laura” (Otto Preminger, 1944)
– “The Woman in the Window” (Fritz Lang, 1944)
– “Dark Passage” (Delmer Daves, 1947)
– “Out of the Past” (Jacques Tourneu, 1947)
– “House of Bamboo” (Samuel Fuller, 1955)
Para mais informações, consulte o seguinte desdobrável.