Teatro A Barraca estreia “Dois Dias antes à Manhã Febril” em Lisboa, de 2 a 4 de Janeiro pelas 21h30

por Conteúdo Patrocinado,    31 Dezembro, 2024
Teatro A Barraca estreia “Dois Dias antes à Manhã Febril” em Lisboa, de 2 a 4 de Janeiro pelas 21h30
Fotografia de Paulo Miranda 

“Dois Dias antes à Manhã Febril”, escolhe a reflexão sobre Horácio, o que ficou, o que viu, o que não disse. 

Partindo da desconstrução de Hamlet de William Shakespeare, a peça interroga o espaço vazio deixado pelas palavras e pelas memórias. Entre o simbolismo e o surreal, o palco transforma-se num instante alucinatório, o tempo, em fragmentos, suspende-se. O espaço, em sombras, questiona a própria presença. Explorando o Teatro da Paisagem, a narrativa dissolve-se num encontro poético entre o ser e o que nunca chega a ser.  

Aqui, a memória não é o passado. 
 
O espetáculo contará com música ao vivo, apresentando, em estreia, a coletânea Ulkaran Songs, de Salvador Bastos Pinto. 
 
Sinopse  
 
Hoje é outono. Os pássaros morrem entre as folhas adormecidas.  

Os cadaverzinhos caídos deixam-se atropelados pelas marés em gente, deitados ao lixo-chão sujo que o vento empurra até além.  

Mais ou menos ali, onde ainda se vê o sôfrego anseio dos pequenos esvoaçantes pelo redondo cair da janela-céu — queda desamparada das nuvens preto e branco.  
 
Ah! O sol! 
Tento em branco alcançar o sol, 
 
como ave,  
 
como águia, 
 
Mas de corvo terei a sorte de só no escuro me vestir do avesso. O frio de tantas madrugadas que entorpece lentamente a pele com os pequenos abraços do vento;  
É a agonia que desce de rompante, mas que deixa o perímetro percorrido maior à ânsia do inacabado. 
O declínio é a própria queda da ruína para o sufoco da pressa estendida. 
 
Fortinbrás em mãos de portento. 
 
A decadência da agitação mais que precoce. 
Da azáfama à hesitação,  
Da oscilação à dúvida da demora numa irresolução insegura da indecisão. 
 
Fortinbrás no Castelo Zorto, 
Fortinbrás em enigma claro de chaves, 
 
Fortinbrás em mãos de portento. 

Ficha Técnica e Artística 
 
Encenação e Dramaturgia: Guilherme Cardoso Lopes  
Composição e Direção Musical: Salvador Bastos Pinto 
Cenografia: Luís de Monteiro Costa 
Desenho do Cartaz: Maria Gorgel  
Figurinos e Adereços: Luís Monteiro Costa 
Desenho de Luz: Vasco Letria 
Operação de Luz: João Pecegueiro 

Fotógrafo: Paulo Miranda 
Produção: Joana Bravo Belchior  
Com: Bruna de Sousa Gomes, Ester de Sena Santos, Guilherme Borges, Inês Oliveira, Lucas Mandillo, Luís de Monteiro Costa, Luísa Piano, Mariana Berto, Maria Gorgel e Xandy Fonseca.  

Conteúdo patrocinado por Guilherme Lopes.

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