Werner Herzog: “A pirataria tem sido a forma de distribuição de maior sucesso no mundo”
O realizador alemão Werner Herzog expressou o seu apoio relutante à pirataria de filmes durante uma masterclass no Festival Internacional de Cinema Visions du Réel, em Nyon, na Suíça, que terminou em 13 de Abril.
Herzog, autor dos filmes “Fitzcarraldo” (1982), “Aguirre, der Zorn Gottes” (1972), “Jack Reacher” (2012) ou “Grizzly Man” (2005), disse que “A pirataria tem sido a forma de distribuição de maior sucesso no mundo“, disse Herzog, segundo o Screen Daily, em resposta a um comentário da produtora ucraniana Illia Gladshtein, da Phalanstery Films. Gladshtein disse que só conseguiu ter acesso a obras do cineasta por meio de sites de torrentes ilegais na Ucrânia.
Segundo a mesma fonte, o Herzog foi ainda mais longe dizendo que “Se não vires os filmes na Netflix ou na televisão apoiada pelo Estado do teu país, então terás de aceder aos filmes através de sites piratas“, continuou Herzog. “Não gosto disso porque gostaria de ganhar algum dinheiro com os meus filmes. Mas se alguém como tu roubares os meus filmes na internet, ou por onde for, tudo bem, tens a minha bênção.”
Por fim, e ainda segundo o Screen Daily, o cineasta alemão, que é um dos mais conceituados a nível mundial no que toca a documentários, disse que agora era mais fácil as pessoas acederem ao seu catálogo: “Agora podes encontrar os meus filmes na Internet, na Amazon, como Blu-Rays ou DVDs, ou podes transmiti-los. Estou muito feliz com isso porque, de repente, a maioria dos pedidos e observações que recebo agora vêm de jovens de 15 anos que me bombardeiam com perguntas sobre “não podemos ver este ou aquele filme porquê?”
“Lo and Behold: Reveries of the Connected World” é um dos filmes do cineasta que se pode ver na Netflix .
