5 artistas a não perder no festival Authentica, no Altice Forum, em Braga
Está quase a chegar o maior festival de música realizado no Inverno em Portugal. O Festival Authentica estrear-se-á nos próximos dias 10 e 11 de Dezembro, no Altice Forum, em Braga, com um cartaz que cruza os estilos mais consensuais e celebrados da música contemporânea. O festival contará com artistas internacionais reconhecidos pelo público, como Kodaline, Zara Larsson, Luísa Sonza ou Rag’n’Bone Man, assim como com populares artistas nacionais, estando previstas as actuações de ProfJam, Jimmy P e Mundo Segundo & Sam the Kid. Para que não te percas, deixamos-te aqui os 5 artistas que terás mesmo de ver quando estiveres na primeira edição do Festival Authentica.
CelesteMariposa
Esta lista começa com o nome que deveria fechar a noite de festival do dia 11. CelesteMariposa é o espectáculo que compila o que de melhor se faz na música dos PALOP, desde os anos 60 até hoje, passando pelos ritmos do funaná, semba, gumbé, socopé ou marrabenta. Este afro-baile promete muita dança, novas adições à lista do Shazam e a celebração de uma parte da cultura africana muitas vezes ignorada. Para quem ainda não foi dançar desde o início da pandemia, aqui está um óptimo motivo para o fazer.
De La Soul
Quiçá um dos nomes mais inesperados do cartaz, os De La Soul não são propriamente desconhecidos, tanto que os seus dois primeiros álbuns — 3 Feet High and Rising e De La Soul is Dead, lançados em 1989 e 1991, respectivamente — são considerados obras-primas do hip hop. Ainda assim, no meio de artistas francamente mais radiofónicos, o apelo dos De La Soul pode passar despercebido. Mas não deveria, pois não é todos os dias que podemos ver uns dos pioneiros da era dourada do hip hop e ouvir clássicos como “Me Myself and I” ou A Roller Skating Jam Named “Saturdays””.
Dino d’Santiago
Por esta altura, será difícil que alguém não tenha já incluído Dino d’Santiago na sua lista de artistas a ver. Ainda assim, é indispensável que o incluamos aqui, tendo em conta a ascensão meteórica que o artista quarteirense teve nos últimos três anos, desde o lançamento do fabuloso Mundu Nôbu. Dino tem sido um dos porta-estandartes da cultura cabo-verdiana e do novo som da nova Lisboa, contando com inúmeras colaborações e lançamentos que vão cimentando o seu estatuto como um dos artistas mais adorados de Portugal, tanto por músicas como “Kriolu”, “Como Seria” ou a colaboração cheia de classe com Branko, “Tudo Certo”, como pela sua personalidade absolutamente magnética. Ah, e já dissemos que os seus concertos são óptimos?
Mala Rodríguez
Para um cartaz relativamente pequeno, o hip hop espanhol está fortemente representado no Festival Authentica, tanto pela promessa de Rels B como pela confirmação de Mala Rodríguez. A artista já conta com mais de 20 anos de carreira e dois Grammys Latinos na bagagem, pela sua mistura entre o rap e o flamenco que toca diversos temas sociais. Em 2020, após sete anos de hiato e do alto dos seus 40 anos, a artista lançou MALA, um cocktail urbano de rap, reggaeton e música popular espanhola com uma pujança impressionante, e está já a preparar um novo disco. Tendo em conta a sua ousada personalidade e ritmos fortes, o concerto de Mala Rodríguez será certamente um portento. Uma escolha interessante e certeira.
Paraguaii
Desde a sua formação, em 2014, que os vimaranenses Paraguaii têm apresentado uma mistura de post-punk e música electrónica irresistivelmente dançável que resulta em concertos musculados. Para uma prova irrefutável, basta ouvir a canção mais popular do grupo, “Straight or Gay”. No entanto, no início deste ano a banda lançou Propeller como uma viragem em direcção à música clubbing. Os sintetizadores borbulhantes e envolventes servem de base a longas canções mecânicas que impelem o público a dançar. Depois de tantos meses parados, a aposta está certamente ganha. Os Paraguaii são mais uma das ofertas nacionais do Festival Authentica que vale a pena conhecer.
