Começa amanhã na China o festival onde cães e gatos são brutalmente mortos e comidos
Em 2016, e devido a uma onda de protestos, a morte destes cães e gatos em público foi oficialmente proibida na China. No entanto, este festival continua a acontecer.
Esta semana, várias organizações não-governamentais enviaram uma petição com cerca de 235 mil assinaturas ao governo da província chinesa de Guangxi, uma região autónoma de Zhuang da República Popular da China, onde apelam ao fim do festival anual em Yulin.
A Humane Society International, Care2, VShine e a Capital Animal Welfare Association divulgaram hoje um comunicado onde reforçam a sua posição e sublinham que neste festival milhares de cães e gatos são “brutalmente mortos e comidos“, apesar da venda deste tipo de carne na China estar actualmente proibida, segundo a agência Lusa.
“O festival anual de Yulin simboliza a crueldade deste comércio abominável, em que em poucos dias milhares de cães e gatos, muitos de estimação são roubados para o matadouro“, disse Adam Parascandola, da Humane Society International.
Estas ONGs apelaram ao secretário do Partido Comunista de Guangxi, Lu Xinshe que implemente medidas de forma a acabar com o evento, bloqueando e impondo pesadas multas aos camiões que transportam os animais em Yulin. Na mesma carta foi pedido ainda que se confisque os animais e que estes sejam colocados sobre alçada de activistas.
Segundo a agência Lusa “estima-se que mais de 10 milhões de cães e 4 milhões de gatos morrem todos os anos na China para consumo humano“. Já a Newsweek explica ainda que “Estes animais são espancados, queimados e esfolados vivos devido a uma crença de que o medo e a tortura melhoram o sabor da carne“.
O 9.º festival de Yulin começa a 21 de Junho e dura dez dias.