Aveiro, Braga, Évora e Ponta Delgada são as finalistas a Capital Europeia da Cultura 2027 em Portugal

por Comunidade Cultura e Arte,    12 Março, 2022
Aveiro, Braga, Évora e Ponta Delgada são as finalistas a Capital Europeia da Cultura 2027 em Portugal
Evora2027 / Fotografia de Carolina Lecoq
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Todos os anos, duas a três cidades detêm o título de Capital Europeia da Cultura.

As cidades de Aveiro, Braga, Évora e Ponta Delgada foram hoje pré-selecionadas na competição para o título de Capital Europeia da Cultura 2027 em Portugal. Após uma reunião que se prolongou por quatro dias, um painel de peritos independentes recomendou a pré-seleção a partir de uma lista de 12 cidades portuguesas candidatas ao título.

Uma cidade estar pré-selecionada para o título de Capital Europeia da Cultura já é uma realização positiva e pode resultar em benefícios culturais, económicos e sociais significativos, desde que a proposta faça parte de uma estratégia de desenvolvimento a longo prazo orientada para a cultura.

Assim que as autoridades competentes portuguesas aprovarem formalmente a recomendação do painel, as cidades terão até ao outono de 2022 para completarem as suas candidaturas. O painel reunirá novamente até ao final deste ano para recomendar qual a cidade portuguesa que será Capital Europeia da Cultura 2027.

Em 2027, Portugal terá uma Capital Europeia da Cultura pela quarta vez, após Lisboa, em 1994, Porto, em 2001, e Guimarães, em 2012. Haverá ainda em 2027 outra Capital Europeia da Cultura na Letónia. As autoridades letãs lançaram o seu concurso em agosto de 2020 e organizaram a sua pré-seleção em julho de 2021 (quatro cidades foram pré-selecionadas: Daugavpils, Jūrmala, Liepāja e Valmiera). A reunião para a seleção final na Letónia terá lugar na primavera de 2022.

Todos os anos, duas a três cidades detêm o título de Capital Europeia da Cultura.

As Capitais Europeias da Cultura em 2022 são Kaunas (Lituânia), Esch-sur-Alzette (Luxemburgo) e Novi Sad (Sérvia).

As próximas Capitais Europeias da Cultura serão:

  • Veszprém (Hungria), Elefsina (Grécia) e Timisoara (Roménia) em 2023;
  • Tartu (Estónia), Bad Ischl (Áustria) e Bodø (Noruega) em 2024;
  • Chemnitz (Alemanha) e Nova Gorica (Eslovénia) em 2025;
  • Oulu (Finlândia) e Trencin (Eslováquia, na pendência de confirmação oficial) em 2026.

Portugal convidou as cidades interessadas a apresentarem candidaturas em novembro de 2020. Doze cidades apresentaram candidaturas até à data-limite de 23 de novembro de 2021: Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Leiria, Oeiras, Viana do Castelo, Ponta Delgada e Vila Real.

De acordo com o atual sistema de designação das Capitais Europeias da Cultura, a seleção divide-se em duas fases: uma fase de pré-seleção, na qual é elaborada uma lista com as cidades pré-selecionadas, e uma fase final de seleção, cerca de nove meses mais tarde. A cidade selecionada é então oficialmente designada pelo Estado-Membro a que pertence.

As candidaturas são examinadas por um painel composto por peritos independentes. Dois dos peritos são nomeados pelas autoridades nacionais competentes e dez são nomeados pelas instituições e organismos da União Europeia (Parlamento Europeu, Conselho, Comissão e Comité das Regiões).

Os critérios de seleção estabelecem que as cidades devem preparar um programa cultural com uma forte dimensão europeia, que promova a participação das partes interessadas da cidade, bem como dos seus vários vizinhos, e atraia visitantes de todo o país e da Europa. O programa deve ter um impacto duradouro e contribuir para o desenvolvimento a longo prazo da cidade. As cidades devem também demonstrar que dispõem do apoio das autoridades públicas locais competentes e de capacidade para executar o projeto.

Criadas em 1985 a partir de uma ideia da então ministra grega da Cultura, Melina Mercouri, as Capitais Europeias da Cultura passaram a ser um dos projetos culturais mais ambiciosos na Europa e uma das atividades mais conhecidas — e mais apreciadas — da União Europeia. Os seus objetivos baseiam-se na promoção da diversidade das culturas na Europa, no destaque das características comuns que partilham e no fomento do contributo da cultura para o desenvolvimento a longo prazo das cidades.

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