Culturgest debate impactos sociais e científicos do prolongamento da vida humana
À data de hoje, refletir sobre as técnicas e a investigação associadas ao prolongamento da vida, e sobre as implicações sociais, económicas e individuais que resultam do aumento da longevidade, é também aprender a questionar as limitações dessas mesmas técnicas e tirar o pulso ao que somos e pretendemos ser como sociedades humanas.
A 20 de maio, 3 e 23 de junho, a Culturgest promove a reflexão e o debate sobre estes temas, em parceria com a Fidelidade – Companhia de Seguros, no ciclo de três conferências intitulado Longevidade: Precisão, Implicações Sociais, Regeneração.
Com a participação de investigadores nacionais e estrangeiros, o ciclo de conferências percorre as biociências, as bioengenharias, a demografia e a economia para dar a conhecer as mais recentes evoluções da medicina e tendências da investigação sobre a longevidade, bem como as interrogações e escolhas sociais e pessoais que se nos colocam perante uma vida humana mais longa.
Em parceria científica com o Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e a Nova SBE, o ciclo Longevidade: Precisão, Implicações Sociais, Regeneração tem início a 20 de maio.
No centro desta conferência estão o impacto da inteligência artificial e das tecnologias baseadas no conhecimento genético na gestão da doença, feita pelo indivíduo ou por um Estado, e a avaliação de como podem contribuir para a amortalidade (conceito que descreve a possibilidade de viver mais anos sem envelhecer).
Escutamos, às 14:00, a estoniana Hedi Peterson, do projeto Genoma, Maria do Carmo Fonseca, professora catedrática na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e presidente do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, e Ana Teresa Freitas, professora catedrática no Instituto Superior Técnico e cofundadora e CEO da HeartGenetics, Genetics and Biotechnology (saúde digital e genética humana). Às 16:30, o investigador permanente no Instituto Nacional do Cancro nos Estados Unidos da América e chief data scientist da Divisão de Epidemiologia e Genética do Cancro desta entidade, Jonas Almeida, fala sobre a Prevenção Precisa numa sociedade inundada por dados, onde a nossa individualidade biológica nunca está sozinha.
A 3 de junho, a Culturgest dá voz às repercussões de uma maior longevidade humana, nomeadamente na demografia mundial, na empregabilidade e na sustentabilidade dos sistemas de saúde e de segurança social.
Ana João Sepúlveda, consultora nas áreas da Economia da Longevidade e do Envelhecimento Sustentado e Presidente da Associação Age Friendly Portugal, Maria João Valente Rosa, professora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Judite Gonçalves, professora na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa de Economia da Saúde e Estatística são as oradores convidadas desta sessão, às 14:00.
Às 16:30 é a altura de Asghar Zaidi, investigador sénior no Instituto de Envelhecimento Populacional de Oxford e professor de Gerontologia na Universidade Nacional de Seoul (Coreia) e na Escola de Economia e Ciência Politica de Londres, recordar que o país onde nascemos, o ambiente em que vivemos e as circunstâncias sociais que enfrentamos têm de ser considerados, em conjunto com a nossa herança genética, na determinação da forma como envelhecemos.
A última conferência do ciclo acontece a 23 de junho e faz um ponto de situação à medicina regenerativa e à investigação sobre o processo de envelhecimento, abordando ainda as formas que têm sido encontradas para o desacelerar e os novos tratamentos possíveis para doenças crónicas. Alexandra P. Marques, investigadora da Universidade do Minho, António Jacinto, investigador do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Faculdade de Ciências Médicas, NOVA Medical School, Lino Ferreira, investigador Coordenador na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Mário Barbosa, anterior diretor do I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, são os participantes nesta sessão, às 14:00. Às 16:30, Joaquim M. S. Cabral, diretor e fundador do Instituto de Bioengenharia e Biociências do Instituto Superior Técnico dá conta d’O Papel da Medicina Regenerativa na Longevidade, discutindo a função das células estaminais e dos genes anti-envelhecimento no tratamento de doenças e na criação de órgãos para transplante (através da regeneração de tecidos, órgãos bio-artificiais ou da técnica de 3D-Biopriting).
As conferências do ciclo Longevidade: Precisão, Implicações Sociais, Regeneração decorrem em português, com tradução simultânea em inglês, e são transmitidas em live streaming no Facebook e Youtube da Culturgest.