E se o ministério da cultura apoiasse projectos na internet?
“Secretaria de Cultura lança edital de apoio a sites culturais” é o título de uma notícia de 2010, correspondente a um apoio concedido pelo Governo do Rio de Janeiro.
É certo que, segundo as pesquisas, o apoio não se repetiu nos anos seguintes, mas não deixa de ser curioso que há sete anos atrás no Brasil se tivesse visto a importância da internet como possível meio de difusão de cultura e criação de novos públicos e aqui, em Portugal, ainda não haja, segundo o que conseguimos apurar, nada nesse sentido.
Antigamente existiam muitas bibliotecas itinerantes e certamente elas foram de enorme importância para aqueles que viviam longe dos grandes centros onde existia pouca atividade artística e cultural. Hoje o país está melhor, há bibliotecas em todos os concelhos, teatros, auditórios e cinemas em todas as capitais de distrito e acessos mais fáceis, mas nem por isso a missão de levar a arte a cultura a todo o lado, ganha menos importância. Um país culto é um país onde se vive melhor, o que é diferente de dizer que a arte e cultura nos salva dos males todos do mundo.
Falando em males do mundo, a internet como a televisão e outros demónios da terra, quando bem usados, são uma “arma” incrível contra a ignorância a vários níveis. A internet em específico, tem a vantagem de ser “universal” e por isso ter uma cobertura geográfica que vai além da Taprobana, Portugal Continental e Ilhas. Um site é capaz de divulgar e promover numa escala muito difícil de alcançar para uma estrutura que se “mova” num espaço físico. Poderão dizer que não é a mesma coisa que estar em contacto direto com as obras de arte e estarão certos, mas a função aqui não é substituir, é divulgar, promover e criar o hábito, o vício pela cultura e arte. Reconhecimento e apoio por parte das grandes entidades àqueles que tentam levar a todos aquilo que é para todos, e que tanto contribuí para a formação de um povo, parece-nos justo, lógico e estratégico. Fica aqui a ideia.