Entrevista. Alexandre Poço: “Se nos demitirmos de fazer a nossa parte então somos políticos de café ou treinadores de bancada”
Nesta que é a terceira entrevista de Francisco Cordeiro de Araújo no âmbito do projeto “Os 230”, ficamos a saber um pouco mais sobre Alexandre Poço, deputado do Partido Social Democrata (PSD). Da sua passagem por Itália a consultor financeiro, o também líder da Juventude Social Democrata (JSD) deixa clara a sua visão sobre a política e reconhece que ainda há muito por fazer.
Presente no mundo da política desde 2009, o deputado do PSD referiu o que, na sua opinião, devem ser os objetivos da política: a qualidade de vida, o bem-estar das pessoas e a sua felicidade. Esta última é particularmente destacada por Alexandre Poço, considerado que deve mesmo “servir para promover a felicidade das pessoas”.
Apesar de ter esta convicção bem presente, o líder da JSD assume que compreende quem diz que, por vezes, “é difícil sentir o impacto das escolhas políticas na sua vida”. Neste contexto, Alexandre Poço considera urgente combater a ideia de que “as pessoas vão para a política porque querem servir-se dela”.
Definindo a política como a “atividade mais nobre que se pode fazer na sociedade”, o líder da JSD fala mesmo num “desligamento” da sociedade ou na “perceção de que a política não vale a pena”. E isto não só no que diz respeito a juventudes partidárias, como também de uma forma geral nesta área.
Numa espécie de viagem pelo tempo, Alexandre Poço garante que o interesse pela política surgiu logo na adolescência. Agora, com 28 anos, e depois de trabalhar como consultor financeiro durante cinco, vê na liberdade e igualdade de oportunidade os principais eixos da sociedade. “Não consigo conceber uma sociedade onde todos na pobreza são livres, porque acredito que ninguém é verdadeiramente livre quando é pobre”, afirma.
Noutro momento da entrevista, já apelidado por “Verão Quente de 1975”, o deputado do PSD foi convidado a responder a perguntas mais práticas. Quando questionado sobre a temporada favorita da série portuguesa “Morangos com Açúcar” que marcou uma geração, o deputado não tem dúvidas em destacar a segunda, com os protagonistas Simão e Ana Luísa. Houve ainda tempo para falar de questões mais sérias, nomeadamente sobre Einstein, ambição e aquele que o líder da JSD vê como a figura histórica que o mais inspira.
Numa mensagem para os portugueses, Alexandre Poço fala em alguns pilares importantes para o futuro do país e considera ser necessário mudar urgentemente de modelo de gestão da “coisa pública”.
Artigo escrito por Ana Filipa Duarte, colaboradora do “Os 230”.