Estética, resistência e melancolia de Rui Pina Coelho, com excertos de “A Estética da Resistência” de Peter Weiss, no palco do Teatro Experimental do Porto
De 30 de março a 10 de abril, no Teatro Carlos Alberto, Gonçalo Amorim leva à cena o incontornável romance do alemão Peter Weiss, a partir de uma leitura de Rui Pina Coelho.
Com A Estética da Resistência, o escritor e dramaturgo Peter Weiss assinou, no final dos anos 70, uma das obras seminais da literatura alemã. É dela que Rui Pina Coelho parte agora livremente para construir o texto da peça homónima que o Teatro Experimental do Porto propõe e Gonçalo Amorim leva à cena do Teatro Carlos Alberto, de 30 de março a 10 de abril.
Peter Weiss acompanha o percurso de três jovens operários comunistas alemães, de 1937 ao eclodir da Segunda Guerra Mundial. As suas meditações sobre pintura, escultura e literatura são uma forma de dissidência do regime nazi e de busca de afinidades entre a resistência política e a arte. Tudo começa numa ausência: face ao friso de Pérgamo no museu em Berlim, notam a falta da figura do deus Héracles e imaginam um seu substituto humano, arauto dos oprimidos e explorados. O espetáculo de Gonçalo Amorim lança no presente essa procura de sentido, erguendo uma litania sobre arte e política, verdade e camaradagem.
O espetáculo vai estar em cena entre quarta-feira e sábado às 19h00, e no domingo às 16h00. A já habitual Conversa com o Mestre, posterior aos espetáculos, orientada pelo dramaturgo e encenador Luís Mestre, terá lugar no dia 1 de abril. Os bilhetes têm o custo de 10 euros.