Fonoteca Municipal do Porto celebra 30.º aniversário do álbum de estreia de Repórter Estrábico
Depois de juntar o editor Paulo Vinhas e a etnomusicóloga Leonor Losa, num debate em torno do legado e do futuro da indústria discográfica através do significado do vinil, no próximo dia 25 de julho, a Fonoteca Municipal do Porto (FMP) organiza uma nova conversa aberta ao público, tendo como convidados o baixista Anselmo Canha e o guitarrista Paulo Lopes, membros da histórica banda portuense Repórter Estrábico. Com moderação de Armando Sousa, responsável pela programação e arquivo da FMP, a iniciativa intitula-se “Disco pesado: Os Repórter Estrábico nos trinta anos de Uno Dos” e surge a propósito da celebração do 30º aniversário do lançamento do primeiro álbum da banda, “Uno Dos”, lançado em 1991.
Formados em meados da década de 80, no Porto, os Repórter Estrábico construíram uma carreira prolífica, afirmando a sua autodenominada “tecno pop irónica”, através da edição de seis registos — Uno Dos (1991) 1 Bigo (1994), Disco de Prata (1995), Mouse Music (1999), Requiem (2002) e Eurovisão (2004). Seguiu-se um hiato de 10 anos até ao regresso aos palcos em 2017, por parte de quatro membros da sua formação original — Luciano Barbosa, Anselmo Canha, Paulo Lopes e Manuel Ribeiro — que culminou com o lançamento de um novo single, “Separa o Lixo”, em 2018. Em 2019, a morte do líder e vocalista Luciano Barbosa deixou o espaço “aberto”, levando a banda à declaração de futuro incerto: “Não faz sentido perguntar se alguma coisa acabou. Não se seca um dilúvio por decreto. Quanto ao Repórter Estrábico, este não se vende. Passa-se.”
Nesta conversa que terá lugar no jardim da FMP, no dia 25 de julho, às 17h00, será feita uma revisita ao álbum “Uno Dos”, através do testemunho dos dois músicos convidados. Limitada à lotação do espaço, o evento tem acesso gratuito, com possibilidade de reserva de lugar (até dois por pessoa) através do email fonoteca@cm-porto.pt.
Para além da disponibilização regular de conteúdos online no seu website, a FMP tem ainda previstas, a partir de setembro, sessões de escuta ativa conduzidas por diferentes convidados que, partindo de um disco da coleção da Fonoteca, incentivarão a partilha de experiências pessoais e histórias musicais.