“Monólogo de uma mulher chamada Maria”. Sara Barros Leitão leva a voz das trabalhadoras domésticas a Almada

por Comunidade Cultura e Arte,    25 Março, 2022
“Monólogo de uma mulher chamada Maria”. Sara Barros Leitão leva a voz das trabalhadoras domésticas a Almada
“Monólogo de uma mulher chamada Maria” / Fotografia de Diana Tinoco
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Sara Barros Leitão é a criadora, dramaturga e intérprete de “Monólogo de uma mulher chamada Maria” com a sua patroa. O espectáculo vai estar em cena no Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB), em Almada, nos dias 9 e 10 de Abril.

“Monólogo de uma mulher chamada Maria” com a sua patroa é o título roubado clandestinamente a um texto do livro “Novas cartas portuguesas” (1972), da autoria de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta, e que dá o mote para este espectáculo. “O ponto partida deste espetáculo foram os documentos dos arquivos do primeiro Sindicato do Serviço Doméstico em Portugal, que teve o seu primeiro congresso em 1979, no qual estiveram presentes mais de nove mil mulheres.”, pode ler-se num comunicado enviado para a nossa redacção. Mas o espectáculo viaja até ao século XIX, à primeira greve das criadas em Portugal, e depois atravessa todo o Estado Novo, e vem até aos dias de hoje. “Sozinha em palco, Sara Barros Leitão vai contando as lutas das empregadas domésticas ao longo do tempo, dos seus desafios de mobilização e organização, e as histórias dessas mulheres, tantas vezes invisíveis mas cujo trabalho é essencial para as nossas vidas.”, lê-se ainda no mesmo comunicado.

“É a história das mulheres que limpam o mundo, das mulheres que cuidam do mundo, das mulheres que produzem, educam e preparam a força de trabalho. Esta é a história do trabalho invisível que põe o mundo a mexer”

Sara Barros Leitão
“Monólogo de uma mulher chamada Maria” / Fotografia de Diana Tinoco

Actriz, dramaturga e encenadora, Sara Barros Leitão trabalhou em estruturas como Teatro Experimental do Porto, Teatro Meridional, Teatro Nacional São João, Teatro Nacional D. Maria II, entre outras. Venceu a 1.ª edição do Prémio Revelação Ageas Teatro Nacional D. Maria II. Em 2020, fundou a sua própria estrutura artística, Cassandra, no âmbito da qual desenvolveu ao longo de 2021 as Heróides – Clube do Livro Feminista e, também, este monólogo, que se estreou em Novembro no Centro Cultural de Belém, seguindo depois em digressão pelo País.

“Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa” estará patente na Sala Experimental, dia 9 e 10 de Abril, Sábado, às 21h, Domingo, às 16h. Os bilhetes têm um preço entre os 8€ e os 10€. Clube de Amigos custam 5€.

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