O papel das revoluções coloniais no cinema vai ser discutido na Escola das Artes no Porto
Spring Seminar abordará a recuperação da arte nacional dos povos colonizados. Call for Papers decorre até 1 de fevereiro.
Os campos do cinema e das artes visuais contemporâneas têm assumido um papel interessante na recuperação dos filmes produzidos por cineastas e artistas nativos, permitindo a desocultação de um imaginário próprio, muito construído a partir das revoluções operadas depois da saída dos países ocidentais, e dando às obras um lugar de visibilidade, contrariando cânones estabelecidos do cinema e a sua mundividência ocidental. Para debater a importância desta história silenciada de um cinema e/ou arte nacional dos povos colonizados, a Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa recebe, a 7 e 8 de maio, o seminário “Revolution & Cinema”.
Refira-se que o encontro está em fase de call for papers, aceitando, até 1 de fevereiro de 2020, comunicações que discutam temas como o legado pós-colonial no cinema e nas artes visuais, os movimentos de descolonização e sua relação com o cinema e as artes visuais ou outras formas de pensar o cinema como forma artística revolucionária. No Spring Seminar, será lançado o livro Cinemas of the Mozambican Revolution, da professora Ros Gray, que traça uma história do INC (Instituto de Cinema de Moçambique) e do cinema feito por realizadores militantes moçambicanos.
Dos oradores e artistas confirmados no seminário encontram-se nomes como Isabel Capeloa Gil (reitora da Universidade Católica Portuguesa), Ângela Ferreira (docente da Universidade de Lisboa), Ros Gray (professora da Universidade de Londres), Maria do Carmo Piçarra (investigadora do Instituto de Comunicação da NOVA) e Billy Woodberry (membro da L.A. Rebellion, um movimento cinematográfico da nova geração de jovens cineastas africanos e afro-americanos). Mais informações sobre o Spring Seminar (aqui).