Os testemunhos de Irene Lisboa e de Maria Lamas num Portugal oprimido

por Lucas Brandão,    12 Junho, 2019
Os testemunhos de Irene Lisboa e de Maria Lamas num Portugal oprimido
Maria Lamas
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Em pleno Estado Novo, por entre uma sociedade pautada e marcada por homens, existiram alguns rasgos decisivos para que a mulher se pudesse afirmar de forma clara e inequívoca. Seu exemplo são os vultos de Irene Lisboa e de Maria Lamas, duas individualidades cujo trabalho e respetivo legado perduram até aos dias de hoje. A sua presença e atividade fértil na sociedade civil levou a que se preparassem os anos subsequentes à Revolução dos Cravos, que catapultou a dignidade da mulher para uma posição que se considerava impensável até então: a de igualdade e de paridade com o homem. São os rostos que se homenageiam aqui, e cuja influência se procura redescobrir.

O percurso de Irene Lisboa

Por sua vez, Irene do Céu Vieira Lisboa nasceu na Quinta da Murzinheira, em Arruda dos Vinhos, no dia de Natal de 1892, vindo a falecer aos 65 anos, a 25 de novembro de 1958. Longe das causas revolucionárias e militantes de Lamas, não deixou de ser uma figura proeminente em Portugal e de ser a mais conhecida oriunda de Arruda dos Vinhos, cidade à qual empresta o seu nome para a biblioteca municipal e para o museu. Cresceria em Lisboa, onde estudou durante os primeiros anos, entre o Convento do Sacramento, o Colégio Inglês e o Liceu D. Maria Pia. Viria a partir, já depois de se tornar professora, para a Europa Central, onde também estudou em França, na Bélgica e, em especial, na Suíça, embrião da psicologia infantil e da pedagogia, como bolseira do Instituto de Alta Cultura.

Especializando-se em Ciências da Educação, conheceu os psicoterapeutas Jean Piaget e Édouard Claparède enquanto estudou no Instituto Jean-Jacques Rousseau, em Genebra. Nos outros países, esteve em várias instituições educativas (Bélgica, que revelavam os métodos de Jean Decroly) e em jardins de infância (França), embora sentisse dificuldades de adaptação, dadas as exigências científicas nesses países e ao seu habitual isolamento pessoal. Não obstante, procurou ser uma esponja do que tinha sido proposto, pensado e aplicado, dando origem a relatórios de leitura crítica de obras de pedagogia. A sua tese debruçou-se num modelo de ensino para as colónias ultramarinas portuguesas, focando-se na contribuição do desenho, sendo o reflexo de uma formação muito orientada para a escola infantil.

Ainda antes de partir, começou a dar aulas ao ensino pré-primário e primário e a escrever poesia para o jornal “Educação Feminina”, publicação que funda para dar voz à sua irreverência desconcertante perante a educação conservadora em Portugal – por esses mesmos motivos, seria proibida em plena 1ª República. Por impulso da sua amiga Ilda Moreira, trabalhou em escolas oficiais e as suas aulas eram frequentadas por futuros professores e até outros já efetivos, procurando perceber os métodos letivos de Lisboa. No entanto, e imbuída com as ideias revolucionárias para a educação, que contrastavam com as que se vinculavam ao regime, sentiu que, apesar de ter sido bolseira do Instituto de Alta Cultura, sentiu animosidade da sua parte. Eram ideias que visavam a reestruturação do organismo ao ponto de libertar a educação do controlo subjacente à atividade dos docentes.  Por isso, nos anos 30 do século XX, foi afastada das aulas e de todo o Ministério por via de um ideário que só se remeteu à produção literária, dada a impossibilidade de colocar em prática aquilo que havia aprendido fora de Portugal.

Irene Lisboa em 1933 / Fotografia via Relampago.pt

Reformada aos 48 anos, desgastada com o sistema “acéfalo” de ensino português, tentou incluir tudo o que considerava de menos bom na educação no país e de efetuar uma proposta de reforma pedagógica (já havia pensado nas bases para um programa de educação infantil num relatório homónimo), embora o controlo dos mecanismos estatais a tivessem impedido de transmitir as suas opiniões sem a presença desses filtros opressores. Uma escola nova e ativa, progressista, que se revia na sua experiência pessoal e na sua formação, que conhece um especial testemunho na sua poesia e na sua prosa intimista e que nunca se nega a uma tendência crítica inerente à sua personalidade. Procura, mais do que impor, iluminar e suscitar a criança e a sua relação com o meio, o seu desenvolvimento cognitivo em conjunto com as vertentes motoras e sensoriais.

O brinquedo torna-se num elemento importante no desenvolvimento das competências sociais e na própria expressão corporal e oral. A educação torna-se num processo inclusivo e que inspira a criança para a ação, para o seu desenvolvimento contínuo com o suporte das instituições e das suas pessoas, das escolas e das famílias. É o viver artificial que denuncia, é uma escola atrativa a que procura, sintonizada com os preceitos da italiana Maria Montessori, em que é o aluno o núcleo do processo educativo e pedagógico, deslocando-se dos interesses métricos, quantitativos e até propagandísticos do sistema vigente. Tentou bater-se por esta educação em inúmeras conferências em que esteve presente, falando aquilo que cruzava e que acabava por escrever.

“Na Escola toda a criança se submete a um viver artificial, é estudante. Leva anos a aprender frases, tudo a desvia dos seus pequenos interesses. Pouco aproveitará do que ouve e do que copia, está presa e contrariada. Não parte, não mexe, não apalpa, não discute, não tem preferências… tem deveres, é subordinada.”.

“Escola Atraente”, in Revista Escolar, nº 10 (1927).

A sua produção não se limitou à pedagogia e estendeu-se pela poesia e pela prosa, para adultos e para crianças. Aliás, estreou-se com “Treze Contarelos” (1926), destinado a crianças, num estilo que procura imitar a oralidade e recorrer, sobretudo, ao discurso direto. Também aqui se denota, desde logo, um pendor pedagógico e que não se disfarça através dos pseudónimos masculinos que utiliza, porque é uma oralidade trabalhada e que não se prende a eventuais lacunas discursivas. “Um dia e outro dia… – Diário de uma Mulher” (1936) mostra daquilo que é feita a sua poesia, sem se assemelhar ao que é comummente associado à rima curta e ao ritmo alinhado na fonética e na semântica. É um verso livre, que procura a simplicidade de expressão, mas a grande causa, alinhada com o povo e avessa aos tiques da burguesia.

Um discurso profundamente visual, que vai em busca de ver a dimensão bucólica e paisagística, que transmite o sossego que tanto visa e que tranquiliza os seus estigmas e interrogações existenciais. A sua produção literária, no entanto, e apesar de toda esta identidade profunda e simples, mas complexa, não conheceu grande notabilidade, assim como a sua dispersa obra pedagógica. No entanto, recebeu a consideração de autores consagrados, como José Régio ou Vitorino Nemésio, não só, mas também pela sua semelhança ao saudosismo que Teixeira de Pascoaes tanto cultivou no seu percurso lírico.

Cai um pássaro do ar, devagar, muito devagar.
E as árvores soturnas não se mexem.
Estio!
Não se vêem bulir as árvores, em bloco, ou aos arcos,, estampadas…
Elegante Lapa! Sol fosco, paisagem de manhã.
A gente do sítio, pobreza e riqueza, ainda recolhida.
Aqui, uma janela discreta que se abre, preta, cega.
Ali outra fechada.
E esta alternância, bastante irregular, vai-se repetindo, repete-se…

E eu, ai eu! Prisioneira, sempre prisioneira; tão enfadada!

“Revista de Portugal” (1937-1940)

O intimismo é o que a sua prosa mais traz, destacando-se “Solidão – Notas do punho de uma mulher” (1939), prevalecendo uma toada autobiográfica e a introspeção, que desdobra a falta do amor e a presença de uma solidão com a qual observa o mundo, sendo também patente em “Apontamentos” (1943). São queixas e mágoas que são explícitas e que são salvaguardadas com uma entrega confiada a si mesma e à sua mundividência. A consciência é a responsável por pautar o registo literário de Lisboa, convergindo as preocupações do eu literário com as de um mundo real e compassivo. “Começa uma vida” (1940) e “Voltar atrás para quê?” (1956) aprofundam a retrospetiva até à infância, infância que não foi fácil e da qual recorda a ambição e a ganância dos seus membros familiares, assim como as personagens que marcaram os seus primeiros anos. Sentia o sacrifício dos mais pobres em prol daqueles que, à imagem dos seus familiares, singravam com essa exploração laboral.

Outro dos géneros que teve mais força na presença de Irene Lisboa foi a das crónicas, cruzando o urbanismo lisboeta com as vivências rurais e apresentando as mulheres como as personagens que se revelam passivas e melancólicas, fruto do sofrimento que lhes é, mais ou menos implicitamente, impingido. Imagem disto são “O Pouco e o Muito – Crónica Urbana” (1956) e “Crónicas da Serra” (1958). É esta procura constante por ilustrar a sensibilidade feminina que é absorvida nas convenções sociais e financeiras desse quotidiano, mas que pretende assinalar com forma de protagonismo e de familiaridade. São as referências que procuram dar resposta à solidão sentida por Lisboa e que também são percetíveis em “Qualquer Título Serve para Novelas e Noveletas”.

A vida de Maria Lamas

Maria da Conceição Vassalo e Silva nasceu em Torres Novas, a 6 de outubro de 1893, e morreu 90 anos depois, em Lisboa, a 6 de dezembro de 1983. Nasceu no seio de uma família católica e burguesa, embora tivesse origens republicanas e maçónicas do lado paterno. Após fazer todo o seu ensino em Torres Novas, incluindo num colégio de freiras teresianas, das quais herdou os valores universais cristãos, casou-se logo aos 17 anos com um oficial da Escola de Cavalaria da cidade em 1911, de seu nome Teófilo José da Fonseca. Engravidou pouco tempo depois e foi com o marido para Angola, este que tinha sido enviado em missão para lá.

Porém, bastaram dois anos após o casamento para regressar a Portugal, com a disposição de pedir o divórcio e de batalhar pela tutela das filhas que tinham nascido entretanto, Maria Emília e Maria Manuela. Não tendo selado o divórcio, viu o marido partir de novo para a Flandres no decorrer da Primeira Guerra Mundial. Como tal, viu-se obrigada a ter um sustento financeiro e ingressa na Agência Americana de Notícias por intermédio da jornalista Virgínia Quaresma. Ao começar a escrever para os periódicos “Correio da Manhã” e “A Época”, inicia a sua profissionalização no jornalismo, sendo uma das primeiras mulheres a exercer nesse regime.

Chegados os anos 20 do século XX e divorcia-se de Teófilo José, casando-se logo em 1921 com Alfredo da Cunha Lamas, também ele jornalista e monárquico de valores. Maria Cândida nasce de umas segundas núpcias que durariam pouco tempo, precisamente pelo confronto de valores entre as duas partes do casamento. O divórcio, contudo, volta a tardar, chegando só em 1936, numa altura em que decidiu manter os apelidos da Cunha Lamas. Continua a escrever assiduamente em diversos jornais de proa, como “O Século”, “A Capital” ou o “Diário de Lisboa”, e abre atividade da sua veia poética, abrindo caminho para “Os Humildes” (1923), assim como para alguns romances, como “Caminho Luminoso” (1927, “Para Além do Amor” (1935) e “Ilha Verde” (1938), e para edições jornalísticas voltadas para os mais jovens, como o célebre “Correio da Tia Filomena”, entre 1937 e 1947. A sua atividade literária cruza-se com a jornalística e com um crescente apetite pela luta em prol dos direitos das mulheres, assim como pela causa da paz e do amor pela humanidade. É nestes anos 20 que é convidada, por intermédio do escritor beirão José Maria Ferreira de Castro, para orientar o suplemento “Modas & Bordados” d’”O Século”.

“Mas que quero eu, afinal? Que poderá dar-me a vida, que ainda não me tenha dado? Eu devia ser feliz, porque possuo tudo o que, neste mundo, torna felizes as criaturas. Tudo? É mentira! É mentira! Há qualquer coisa mais. Riqueza, viagens, deslumbramentos e prazeres não chegaram para encher o vácuo da minha alma. Nem o casamento. Nem a maternidade.”

“Para Além do Amor” (1937).

O registo adotado por parte de Lamas orienta-se para a discussão de temas sociais e associados diretamente com a mulher, procurando colocar em causa a posição da mulher por entre os tradicionalismos da sociedade conservadora portuguesa. Defende, assim, o direito à felicidade por si só a cada mulher e, por conseguinte, a sua emancipação em relação aos valores vigentes, pugnando por uma democracia fraterna, justa, igualitária e humana na sua plenitude. Enquanto sobe o tom da sua escrita, junta-se ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, responsabilizando-se pela criação da “Exposição da Obra Feminina, antiga e moderna de caráter literário, artístico e cultural” a partir d’”O Século”. O objetivo passava por dar voz e reconhecimento ao trabalho material e imaterial que era desenvolvido pelas mulheres portuguesas de norte a sul do país, que passava pelas mulheres transmontanas até ao contributo de Carolina Michaelis às humanidades em Portugal. A afluência que teve, assim como o mediatismo que gerou, levou-a até a ser galardoada com o grau de oficial da Ordem de Santiago de Espada, no turbulento ano de 1934.

Com a morte de Adelaide Cabete, sua presidente, seria ainda líder da instituição de 1945 a 1947, após responsabilizar-se pelos Comités da Educação, da Arte e da Literatura nos anos anteriores e por se inscrever na Associação Feminina para a Paz, onde passou a assinar com o seu nome e a abdicar os diferentes pseudónimos que tinha. Promoveria, com o seu novo cargo, a alfabetização à escala nacional, embora não a conseguisse concretizar, obrigada a optar entre o jornalismo e a vida ativista na organização. Lamas seguiria pelo segundo caminho, abandonando “O Século”. Não obstante, Ferreira de Castro continuaria presente na sua vida ao ponto de desenvolver consigo uma amizade íntima e passional, que se materializou numa série de cartas e de telegramas, onde partilham as suas paixões, as suas viagens, os seus gostos, desgostos e preocupações. A última delas seria trocada em 1973, já quase na queda da ditadura; sendo que é um espólio que se encontra com os descendentes de Maria Lamas.

Ainda no que toca à sua atividade literária, escreveria uma reportagem decisiva sobre as condições de vida das mulheres em Portugal: “As Mulheres do Meu País”. Fascículos lançados entre 1948 e 1950 denunciavam as condições precárias e diminuídas em que viviam, tanto a norte como a sul, do litoral ao interior, sem excluir as ilhas. Estes são cinco ao todo, tipificando cinco modelos da mulher na sociedade portuguesa: a camponesa, a mulher do mar, a operária, a empregada e a doméstica. Como objetivo máximo, procurava a dignificação da mulher e a solidariedade com o grosso modo daquelas que eram anónimas e cujas vulnerabilidades não conheciam voz, valorizando o seu esforço e a sua sensibilidade.

A causa sentia-se universal, ao ponto da própria estar presente no congresso que daria origem à Fédération Démocratique Internacionale des Femmes (FDIM), em 1948. O governo começou a restringir ainda mais a atuação de Maria Lamas, destacando-se a proibição de uma exposição de três mil livros de mil e quatrocentas autoras mundiais na Sociedade Nacional de Belas Artes, no ano de 1947. A sua voz torna-se automaticamente política e cerra fileiras contra o regime, tornando-se apoiante do General Norton de Matos na sua candidatura à presidência da República e envolvendo-se na Comissão Central do Movimento Nacional Democrático.

“Todas as mulheres do povo se parecem umas com as outras, vivam onde viverem… A sua natureza é a mesma. Mais ou menos rudes conforme o seu nível de vida, todas são irmãs na luta, na resistência ao trabalho e ao sofrimento, no heroísmo obscuro… A força que as impele tem raízes fundas, na terra e na própria vida.”

“As Mulheres do Meu País” (1948-1950) – 1º fascículo.

Seria, fruto desta atuação cada vez mais subversiva, perseguida pela PIDE e presa no forte de Caxias nos anos 50. Tudo isso não a impediu de envolver-se em colóquios e certames, alertando os olhos de quem via de fora para o que se passava em Portugal. Aproveitou para fazer uma revisão bibliográfica dos feminismos pelo mundo e de a publicar em “A Mulher no Mundo”, em dois volumes escritos em 1952. Entretanto, viu-se forçada a partir para Paris em 1962, fustigada pela atuação da polícia política, tendo antes estado no estrangeiro, nomeadamente em Copenhaga, à data do Congresso Internacional das Mulheres (1958). Vive como exilada política no Grand Hotel Saint-Michel e conhece Marguerite Yourcenar, autora que chegaria a traduzir para o português em “Memórias de Adriano” (1951). Não obstante, apoia incessantemente os refugiados portugueses até ao momento do seu regresso, no ano de 1969, quando sentiu a segurança de não ter nenhum mandato de captura contra si.

A Revolução dos Cravos proporcionar-se-ia pouco tempo depois, em 1974, e, aos 80 anos, Maria Lamas seria alvo de uma extensa lista de honras: para além de dirigente do Comité Português para a Paz e Cooperação, por sua participação nos Congressos Mundiais da Paz, foi nomeada diretora honorária da “Modas e Bordados”, presidente de honra do Movimento Democrático das Mulheres, sendo a primeira signatária da escritura da sua criação, e dirigiu a revista “Mulheres”, que se criou logo em 1978. Foi também agraciada com a Ordem da Liberdade em 1980, assim como recebeu uma homenagem na Assembleia da República, dois anos depois, antes de ser condecorada com a medalha Eugénie Cotton, da FDIM, estando no seu congresso de 1975. Seria aos 80 anos que, pela primeira vez, se afiliaria a um partido político, posicionando-se ao lado do Partido Comunista Português. Após a sua morte, em 1987, veria o liceu da sua cidade, Torres Novas, perfilhar o seu nome, fixando-se como Escola Secundária Maria Lamas. Deixou ainda várias obras por serem publicadas, entre romances e outros tipos de ensaios, escritos, alguns deles, no período em que esteve em Paris.

Irene Lisboa e Maria Lamas. À sua escala, foram dois rostos de uma constante irreverência e de uma tendência subversiva, que ia destacando a mulher em relação à sua posição amorfa e conformada na sociedade. Uma mais interventiva, outra mais reflexiva; uma mais prática, outra mais teórica. Em suma, procuraram encontrar os meios e os caminhos para a transformação da sociedade, uma sociedade em que a mulher se tornava digna e dignificada, respeitada e valorizada desde cedo, desde a sua educação. Mesmo perante um regime opressor, inspiraram-se e cresceram no estrangeiro para dotar Portugal do que faltava para efetivar a transformação. Por mais que se mantenha perene nos seus testemunhos e nem tanto na sua realização, permanecem como referências a quem, se se conhecer e se reconhecer a vida e obra, se pode dever muito nos anos vindouros, pensando num crescimento sustentado e alado de quem somos e seremos por cá.

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