Parlamento português convida jovem activista Greta Thunberg para discursar sobre alterações climáticas
“O meu nome é Greta Thunberg, tenho 16 anos, venho da Suécia, e quero que entrem em pânico.”, foi assim que começou o discurso de Greta Thunberg no Parlamento Europeu, no passado mês de Abril, numa sessão especial dedicada às alterações climáticas.
Greta é uma activista sueca de 16 anos que tem corrido o mundo na tentativa de fazer acordar os líderes políticos para a dimensão do problema das alterações climáticas e para a necessidade de agir. A jovem tornou-se assim numa porta-voz dos mais novos (e não só) no mundo inteiro com o tema da luta contra as alterações climáticas.
“Estamos a menos de 12 anos de não conseguirmos desfazer os nossos erros. Precisamos de fazer mudanças sem precedentes em todos os aspectos da sociedade, como reduzir as emissões de CO2 em pelo menos 50%”, disse Greta Thunberg na reunião anual do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça.
Agora, e em Portugal, a Comissão Parlamentar de Ambiente aprovou por unanimidade uma proposta para convidar a jovem ambientalista a discursar na Assembleia da República Portuguesa. Segundo o Presidente da comissão Pedro Soares, do BE, a presença da jovem pode impulsionar o envolvimento dos jovens nas questões ambientais e transmitir a importância e urgência do combate às alterações climáticas.
“Será uma boa oportunidade para ela falar do livro [“No One Is Too Small to Make a Difference”] que vai lançar”, afirmou o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Soares, dizendo ainda que agora será o Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a definir de que forma é que a jovem se dirigirá aos deputados portugueses. Se, por exemplo, em jeito de intervenção ou em forma de conferência.
O novo livro de Greta Thunberg será lançado a 6 de Junho por cerca de 3,5 euros e será uma compilação de 11 discursos escritos pela jovem activista e apresentados em parlamentos um pouco por todo o mundo.
“Quando o tema da descarbonização da economia é central, quando apenas está previsto terminar com a geração de energia a partir do carvão em 2030, e quando Portugal tem uma produção de energia foto-voltaica baixíssima”, a presença da jovem pode transmitir a ideia de emergência no combate às alterações climáticas, disse Pedro Soares, segundo a Agência Lusa.