Quinze espectáculos de teatro e dança para ver em Fevereiro

por Comunidade Cultura e Arte,    3 Fevereiro, 2020
Quinze espectáculos de teatro e dança para ver em Fevereiro
“A Dama das Camélias”
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Uma performance na Estufa Fria, o regresso de Zia Soares a Al Berto depois da separação que a morte lhe impôs e teatro infantil no Teatro Carlos Alberto. Clássicos de Tennessee Williams e William Shakespeare no Teatro Nacional Dona Maria II. Criações originais a partir de Alfred Hitchcock ou da ideia da reconquista de Olivenza. Revisitações de Alexandre Dumas e Orvath no Porto. Reimaginação de Suspiria no Centro de Artes de Lisboa e uma reflexão sobre o colonialismo no Teatro do Campo Alegre: aqui estão 15 espectáculos de Teatro e Dança para ver em Lisboa e no Porto no mês de Fevereiro.

“Subitamente no Verão Passado”

1. Subitamente no Verão Passado, encenação de Bruno Bravo, Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), 6-23 Fevereiro
O misterioso texto de Tennessee Williams passado na América sulista pela mão do encenador da companhia Primeiros Sintomas, com a interpretação de actrizes portentosas como Mónica Garnel (Ensaio para uma Cartografia, 2018) e Marina Albuquerque (História Ilustrada do Teatro Português, 2019).

2. Hitchcock Blondes, encenação de Margarida Correia, Gaivotas n6 (Lisboa), 6-8 Fevereiro
Depois de “A Mulher que Viveu Apenas uma Vez” – sexto melhor espectáculo de 2019 para a Comunidade Cultura e Arte – Margarida Correia volta a debruçar-se sobre Cinema, desta vez o loiro das actrizes de Hitchcock e a obsessão doentia do realizador. O elenco conta com Anabela Ribeiro (Fuck Me Gently, 2019).

“O Dia do Juízo”

3. O Dia do Juízo, encenação de Cristina Carvalhal, Teatro Carlos Alberto (Porto), 20-23 Fevereiro
Um dos trinta melhores espectáculos de 2019 regressa, desta feita no Porto, cidade original da encenadora Cristina Carvalhal. O texto de Orvath sobre o papel da mentira, e uma encenação com recurso a vídeo, conta com interpretações de Júlia Valente, Carlos Malvarez, Pedro Lacerda, Manuela Couto ou Cucha Carvalheiro.

4. Os Filhos do Colonialismo, encenação de André Amálio/Hotel Europa, Teatro do Campo Alegre (Porto), 21-22 Fevereiro
Espectáculo de teatro documental que analisa a relação das gerações pós-25 de Abril com o Colonialismo com base no livro de Marianne Hirsch “The Generation of Postmemory”.

“A Reconquista de Olivenza”

5. A Reconquista de Olivenza, encenação de Ricardo Neves-Neves e Filipe Raposo, São Luiz (Lisboa), 6-16 Fevereiro
O renomado encenador (Banda Sonora, 2018) regressa ao São Luiz e volta a unir-se ao pianista Filipe Raposo para criar uma comédia revisionista que inclui Nossas Senhoras e bolas de cristal do Dragon Ball.

6. Suspiria, encenação de Pedro Baptista, Centro de Artes de Lisboa, 6-9 Fevereiro
Espectáculo-performance que parte da obra de Thomas de Quincey e dos filmes de Dario Argento e Luca Guadagnino para compor um rito do qual o espectador faz parte.

“U”

7. U, encenação de Joana Magalhães, Teatro Carlos Alberto (Porto), 6-9 Fevereiro
Texto original de Joana Magalhães que parte de Ulisses de Maria Alberta Menéres, numa versão onde o herói é um urso polar educado para ser um ditador.

8. Romeu & Julieta, encenação de John Romão, Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), 14 Fevereiro – 1 Março
Depois de em Janeiro ter apresentado as suas Virgens Suicidas na Culturgest, espectáculo que dividiu opiniões, John Romão faz um double bill, desta feita com a história de amantes mais reproduzida de sempre.

9. Ça Va Explorer, encenação de Carolina Campos e João Fiadeiro, Teatro do Bairro Alto (Lisboa), 28-29 Fevereiro
A nova criação apresentada no recente Teatro do Bairro Alto parte da ideia de eminência de uma explosão num encontro que é também uma crise em tempos tão confusos.

“Luminoso Afogado”

10. Luminoso Afogado, encenação de Zia Soares, Espaço Alkantara (Lisboa), 19 Fevereiro – 1 Março
Primeira abordagem do Teatro Griot a um autor português, Al Berto, com quem a encenadora trabalhava aquando da sua primeira encenação e morte do autor.

11. Engolir Sapos, encenação de Amarelo Silvestre, Teatro Carlos Alberto (Porto), 8 Fevereiro
Em contacto directo com a curta premiada de Leonor Teles onde a realizadora partia sapos de loiça, a Amarelo Silvestre cria um espectáculo para toda a família acerca de preconceito.

“Quinta-Feira”

12. Quinta-Feira: Abracadabra, encenação de Cláudia Dias, São Luiz (Lisboa), 13-16 Fevereiro
A coreógrafa Cláudia Dias faz a sua quarta criação do ciclo Sete Anos Sete Peças, iniciado em 2016, no qual convida um artista, desta feita Idoia Zabaleta.

13. Secretum, performance de Patricia Moreira, Estufa Fria de Lisboa, 7-29 Fevereiro (Sextas e Sábados)
Performance insólita num lago da estufa fria, na qual cada um dos dois interpretes partilhará um segredo com um espectador, e para qual serão disponibilizadas botas impermeáveis aos membros do público.

14. A Dama das Camélias, encenação de Miguel Loureiro, Teatro Nacional São João (Porto), 6-9 Fevereiro
Reposição da encenação ousada de Miguel Loureiro, presença assídua do teatro português (actor em “Lulu”, de Carlos Avilez, encenador de “Uma Fera na Selva” e “Frei Luís de Sousa” em 2019), encabeçada por Carla Maciel e Gonçalo Waddington.

15. Um Número, encenação de André Murraças, Teatro da Trindade (Lisboa), 15 Janeiro – 8 de Março
Regresso de Virgílio Castelo a cena sob a mão de André Murraças com o texto de Caryl Churchill sobre clonagem, numa carreira de dois meses em cena, proposta rara nos tempos que correm no teatro não-musical.

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