Teatro Aveirense com música, cinema, teatro, dança e artes digitais no mês de Setembro
Música, cinema, teatro, dança e artes digitais na agenda deste mês do Teatro Aveirense.
O Teatro Aveirense acaba de anunciar a sua programação para a rentrée, revelando uma agenda que junta música, teatro, dança, comédia, cinema e artes digitais. Entre os destaques estão a bienal de música eletroacústica Aveiro_Síntese, a estreia de um espetáculo da Companhia João Garcia Miguel e o regresso de Pedro Tochas.
Depois da organização do Festival dos Canais (em julho) e do Ciclo de Concertos (no final de agosto), o Teatro Aveirense retomou a programação a 27 de agosto com a apresentação da bienal Aveiro_Síntese, dedicada à música eletroacústica. São dez concertos em vários espaços da cidade, até 20 de setembro, trazendo autores e obras de referência neste campo artístico, no que se incluem Luigi Nono, Steve Reich, Ludger Brümmer, Natasha Barrett e atuações da Orquestra XXI e do ars ad hoc, entre outros exemplos. Esta é uma iniciativa promovida em parceria com a associação Arte no Tempo.
Momento grande da programação de setembro é a estreia de “Ode Marítima”, o texto de Fernando Pessoa trabalhado pela Companhia João Garcia Miguel, num espetáculo que conta com a participação do coletivo musical Danças Ocultas. Um só actor acompanhado de quatro músicos é o material humano a partir do qual se constrói esta peça. O som, a luz e a espacialização cénica – e a eterna ironia – são os elementos da encenação sobre os quais incidirão os cuidados e as atenções, dentro das linhas de pesquisa e experimentação que o percurso da companhia vem percorrendo.
Outro dos destaques acontece na sexta-feira 11 e no sábado 12, datas em que são propostas duas instalações de artes digitais. Na caixa de palco estará “Friction”, do Openfield Creative Lab, uma instalação/instrumento audiovisual interativo onde os visitantes, através de gestos, manipulam imagens e som em tempo real. No Salão Nobre estará “Off-Synthesis”, do coletivo Summary, uma síntese da história da arquitetura modular e pré-fabricada através de imagens e modelos 3D manipuláveis. As instalações são complementadas por duas performances musicais de Hugo Branco, nos dias 11 e 12 às 22h00. Esta iniciativa tem o selo do programa Criatech – Criatividade Digital e Tecnologia e reforça a aposta do Teatro Aveirense nas artes digitais.
Para o dia 18 de setembro fica reservado o regresso de Pedro Tochas ao Teatro Aveirense. Desta vez, o humorista traz “Um Serão com Pedro Tochas”, misturando os registos de contador de histórias com malabarismo, passando pelo teatro físico e de rua, a que se juntam elementos de stand-up comedy. Em resumo, uma viagem pelo alucinado mundo de Pedro Tochas.
Um dia antes é apresentado um espetáculo de dança de Mafalda Deville, intitulado “Mama”, criado a partir de uma investigação sobre os conflitos emocionais e sociais da maternidade juvenil. No final da apresentação haverá uma conversa com a coreógrafa e intérprete. Esta iniciativa resulta de uma parceria do Teatro Aveirense com a Companhia Instável e o seu programa Palcos Instáveis – Segunda Casa.
No dia 10 de setembro dá-se o regresso das Novas Quintas, ciclo mensal dedicado à música. Traz ao palco Pedro de Tróia, o ex-vocalista da banda Capitães da Areia, que acaba de se estrear a solo com o álbum Depois Logo Se Vê.
O mês de setembro inclui ainda uma nova sessão do ciclo À Boca de Cena, no dia 27, que propõe a leitura partilhada de textos dramáticos, numa parceria do Teatro Aveirense com o GrETUA. Esta sessão integra a celebração do centenário do nascimento de Vasco Branco, sendo proposta a leitura de um texto deste autor e tendo como convidada Rosa Alice Branco.
Por fim, refira-se também o regresso das sessões de cinema, com o ciclo Os Filmes das Nossas Terças, este mês com a exibição dos filmes Adam, de Maryam Touzani (dia 8), “Fellini 8 ½”, de Federico Fellini (dia 15), “Ordem Moral”, de Mário Barroso (dia 22) e “O Paraíso, Provavelmente”, de Elia Suleiman (dia 29). Duas destas sessões serão acompanhadas do lançamento de livros. A saber, “Federico Fellini, a inevitabilidade da arte”, de Anabela Branco de Oliveira (no dia 8) e “Viagens Pelo Éter, um cinema após 2008” (no dia 29).