10 espectáculos para ver em Lisboa antes que o Verão chegue mesmo
Enquanto o Verão vem e não vem e o Sol é, ainda, uma presença inconstante, podemos confiar no quentinho nas salas de Teatro lisboeta. Aqui estão 10 sugestões para o mês de Julho.
“Não Nasci Para Odiar Mas Para Amar“, encenação de Tiago Vieira
O encenador poético e violento residente do espaço da Latoaria faz uma incursão às ainda recentes ruínas do Teatro Romano. Espera-se flores, ouro e lucidez em corpos suados.
De 5 a 22 de Julho, de Quinta a Domingo, às 21h30, no Teatro Romano.
“Cartas“, encenação de Cátia Terrinca
Depois da trilogia a partir das 3 Irmãs de Tcheckov entre 2016 e 2017, e após ter-se mudado para Elvas onde o UmColectivo agora opera, a singular Cátia Terrinca regressa à capital com um espectáculo sobre correspondência.
De 5 a 8 de Julho, de Quinta a Sábado às 21h30 e Domingo às 18h, no Clube Estefânia – Escola de Mulheres.
“Colónia Penal“, encenação de António Pires
Um dos textos mais difíceis de encenar de Jean Genet vai a cena pela mão de António Pires, com segementos filmados pelo cineasta João Botelho e com a presença de um dos actores mais relevantes da velha geração e também o tradutor, Luis Lima Barreto, além de diversos actores jovens promissores.
De 5 a 22 de Julho, de Quarta a Sábado às 21h30 e Domingo às 18h, no Teatro do Bairro.
“Opus“, encenação de Jean Paul Buchieri
Com o final do ano lectivo, chegam os exercícios finais das escolas artísticas. A Escola Superior de Teatro e Cinema apresenta pela mão de Jean Paul Buchieri (que encenou os maravilhosos exercícios finais WHAT NOT e FALTA TINTA VERMELHA nesta década) um trabalho experimental e escuro, na Comuna.
De 4 a 6 de Julho, de Quarta a Sexta às 21h30, na Comuna-Teatro de Pesquisa.
“Ex(am)“, criação de Wagner Borges e Tiago Cunha Bôto
A dupla já trabalha em conjunto há alguns anos, e tem apresentado espectáculos muito energéticos e nestes é claro que estão atentos ao mundo todo e são críticos de muitos dos seus acontecimentos, contradições, figuras e instituições. Este é o mais recente trabalho.
De 5 a 8 de Julho, de Quinta a Domingo, às 21h30, na Rua das Gaivotas 6.
“Lições de Dança para Pessoas de Certa Idade“, encenação de João Lagarto
Um dos actores essenciais portugueses tem em cena um monólogo de título comprido. Como sempre discretamente engraçado e de subtilezas várias, espera-se um momento de entretenimento de qualidade a partir do romance de Bohumil Hrabal.
Até 15 de Julho, de Quarta a Sábado às 21h45 e Domingos às 17h, no Teatro da Trindade.
“Pela Água“, encenação de João Lourenço
O texto Grande Prémio do Teatro Português do ano passado vai a cena com os actores, muito conhecidos da televisão e do cinema, Fernando Luís e Miguel Nunes (e também do teatro, embora o segundo já não fosse a cena há uns anos)
Até 22 de Julho, de Quarta a Sábado às 21h30 e Domingos às 16h, no Teatro Aberto.
“Saturnais“, encenação de Ana Lopes e Laura Morais Silva
A dupla que já tinha apresentado este ano o espectáculo bubble gum ultra-honesto Sabor a Cereja, volta a cena, desta vez ambas fora dela, dirigindo actores, no seu segundo projecto.
De 25 a 27 de Julho, às 21h30, na Comuna – Teatro de Pesquisa.
“Nada de mim“, encenação de Pedro Jordão
Integrado no Festival de Almada, Pedro Jordão encena Arne Lygre no espaço dos Artistas Unidos, com um elenco de quatro actores, que inclui Carla Bolito, que este ano já vimos no hilariante CABARÉTICA de João Telmo e Martim Pedroso.
De 4 a 21 de Julho, de Terça a Sábado, vários horários, no Teatro da Politécnica.
“Motel QT“, encenação de Ricardo Neves-Neves
Mais um exercício final da Escola Superior de Teatro e Cinema, desta feita pela mão de Ricardo Neves-Neves (de que já vimos este ano o glorioso BANDA SONORA), desta feita partindo do universo de Quentin Tarantino para levar a cena este grupo de actores recém-formado.
De 11 a 15 de Julho, de Quarta a Domingo, vários horários, no Teatro Nacional Dona Maria II.
Artigo de Luis Miguel Davies