10 filmes para ver no Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival
Começou ontem (dia 10) em Lisboa a 8.ª edição do Festival Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, o primeiro e mais antigo festival de cinema no feminino em Portugal. Até ao próximo domingo (14 de novembro), passam pelo Cinema São Jorge 45 filmes feitos por mulheres oriundas dos países mediterrânicos, ou que trabalhem neles.
De longas a curtas, do documentário à animação, a programação é vasta e inclui filmes de 19 países diferentes, a maioria em estreia nacional e cinco em estreia mundial. Decidimos destacar 10 títulos, provenientes de países como Grécia, Egipto, Palestina, entre outros. Uma viagem pelo Mediterrâneo através de 10 filmes.
“The Bath”, de Anissa Daoud (Tunísia e França)
Sozinho durante alguns dias com o filho de cinco anos, devido a uma viagem de trabalho da mulher, Imed, um jovem pai, terá de enfrentar o seu medo mais profundo.
Exibido na 5ª feira, 11 novembro às 19h.
“Teenage Lockdown Tale”, de Marie Pierre Jaury e Charlotte Ballet-Baz (França)
O confinamento visto pelos olhos dos adolescentes e filmado pelos seus telemóveis. Este documentário é o resultado do trabalho feito por Jaury e Ballet-Baz (que estará presente no Cinema São Jorge) com alunos de uma escola francesa. Um filme que mostra, sem filtros e sem voyeurismo, o que significa para um adolescente viver confinado, num momento irrepetível da construção da sua identidade e autonomia.
Exibido na 6ª feira, 12 novembro às 19h.
“The Present”, de Farah Nabulsi (Palestina)
No aniversário do seu casamento, Yusef tenta comprar um presente para a sua mulher. Uma atividade que pode parecer tão simples para nós revela-se um desafio em território palestiniano. O filme foi vencedor do BAFTA para Melhor Curta-metragem live-action e foi nomeado para o Óscar na mesma categoria.
Exibido no sábado, 13 novembro às 16h30m.
“Shakira”, de Noémie Merlant (França)
A atriz Noémie Merlant, mais conhecida pelo seu papel no filme “Portrait of a Lady on Fire” (Céline Sciamma, 2019), aventura-se agora na realização. “Shakira” conta a história de uma jovem cigana a viver em barracas em Paris. O filme é inspirado no despejo de várias famílias ciganas na capital francesa, em 2019.
Exibido no sábado, 13 novembro às 16h30m.
“Tuk Tuk”, de Mohamed Kheidr (Egipto)
Para garantir a sobrevivência da sua família, Walaa começa a conduzir um tuk tuk, uma profissão dominada por homens.
Exibido no sábado, 13 novembro às 16h30m.
“A Menina Parada”, de Joana Toste (Portugal)
Curta-metragem de animação sobre uma menina que se perde da mãe na rua. Desde a voz imediatamente reconhecível da jornalista Conceição Lino a uma cena de debate televisivo em que os cortes rápidos simulam uma luta física, são vários os curiosos detalhes com que Joana Toste preenche este amável filme.
Exibido no domingo, 14 novembro às 14h30m.
“Me, a Monster?”, de Belinda Bonan (Espanha)
Nono é o único habitante do planeta Pano. Vive feliz e passa os dias a cuidar do seu pequeno planeta. Um dia, uma inesperada visita irá mudar tudo. Um filme cuja detalhada animação parece saída dos Estúdios da Pixar.
Exibido no domingo, 14 novembro às 14h30m.
“Siren’s Tail”, de Alba Barbé i Serra (Espanha)
Alba Barbé i Serra ilustra de uma forma simples e colorida o tema da identidade de género. Roque é um menino que se encontra indeciso e dividido entre ser humano ou sereia, carne ou peixe, rapaz ou rapariga. Um filme sobre aceitar as pessoas como elas são.
Exibido no domingo, 14 novembro às 14h30m.
“Elas Também Estiveram Lá”, de Joana Craveiro (Portugal)
A longa-metragem documental “Elas Também Estiveram Lá” marca a estreia de Joana Craveiro – atriz, dramaturga, encenadora e artista de performance – como realizadora de cinema. O filme, baseado no seu espetáculo homónimo, dá vida às histórias invisíveis de várias mulheres que fizeram parte da resistência à ditadura de 1926-1974 e da Revolução de 25 de Abril de 1974, mas foram apagadas da História.
Exibido no domingo, 14 novembro às 16h.
“Holy Boom”, de Maria Lafi (Grécia)
Sessão de encerramento do festival. Na véspera da Páscoa ortodoxa, em Atenas, um grupo de adolescentes faz explodir um marco de correio, destruindo documentos de importância vital. Uma explosão que vai entrelaçar as vidas de quatro desconhecidos. “Holy Boom” denuncia a condição invisível dos imigrantes e dos que são obrigados a viver à margem da lei.
Exibido no domingo, 14 novembro às 19h30m.