Atriz e encenadora Maria Caetano Vilalobos em final europeia com espetáculo sobre a opressão da mulher

por Comunidade Cultura e Arte,    10 Outubro, 2022
Atriz e encenadora Maria Caetano Vilalobos em final europeia com espetáculo sobre a opressão da mulher
Fotografia de Rob Laughter / Unsplash
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Maria Caetano Vilalobos, de 28 anos, foi a única portuguesa selecionada para a Final do MARteLive Europe 2022 na área do Teatro com o espetáculo “Sou Mulher”, que retrata através da poesia performativa a visão da artista do que é ser mulher numa atualidade ainda repleta de opressão e vários tipos de violência.

Depois da vitória obtida a nível europeu com a sua atuação na semifinal que ocorreu em Cracóvia, na Polónia, envolvendo 48 candidatos, a artista, acompanhada pelo músico Miguel de Luna, irá integrar uma residência artística em Cagliari de 14 a 17 de Outubro e em seguida participará com o seu espetáculo na grande final que decorrerá de 18 a 20 deste mês em Roma, onde os talentos europeus selecionados atuarão em conjunto, durante a Bienal MArteLive, repartida por 60 locais na capital italiana e com um público estimado em mais de 50.000 pessoas.

Apoiado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia, este festival-concurso está aberto a artistas entre os 18 e os 35 anos, residentes ou cidadãos europeus e envolve um processo de seleção de 4 etapas, online e ao vivo, permitindo que milhares de jovens artistas europeus mostrem o seu talento, ganhem prémios e façam networking com outros artistas e profissionais de alto nível em 16 disciplinas artísticas: música, Dj e produtor, dança, circo contemporâneo, literatura, pintura e desenho, escultura, fotografia, ilustração digital, street-art, design de moda, artesanato, curta-metragem, videoclipe, vídeo arte e teatro.

Nas palavras de Maria Caetano Vilalobos: “Ser mulher na sociedade atual, onde o assédio é normalizado e o número de vítimas de violência doméstica e sexual têm aumentado globalmente. Na qual muitas vezes temos medo de voltar sozinhas para casa à noite, reagir, falar sobre isso, medo de ser culpadas ou vistas como loucas quando nos sentimos corajosas o suficiente para falar e reivindicar os nossos direitos. Este espetáculo vem levantar os vários elementos que contribuem para esta realidade e lembrar que a vítima não é o problema. Ser mulher é ser notícia todos os dias. É perder o ar, perder o grito… Ser mulher é lutar pela liberdade que deveria pertencer a todas nós.”, afirma a atriz e encenadora portuguesa num comunicado enviado para a nossa redação.

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