Biografia de Francisco Lucas Pires, “O Príncipe da Democracia”, chega às livrarias em Março

por Comunidade Cultura e Arte,    28 Fevereiro, 2024
Biografia de Francisco Lucas Pires, “O Príncipe da Democracia”, chega às livrarias em Março
Fotografia de Isabel Zuzarte
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A Dom Quixote edita na próxima terça-feira, 5 de março, “O Príncipe da Democracia”, uma biografia de Francisco Lucas Pires, do advogado Nuno Gonçalo Poças, editado no ano em que completaria 80 anos e nos 50 anos do 25 de Abril.  

Um trabalho de investigação, feito ao longo de dois anos e meio, com uma vasta recolha de informação inédita, sobre uma figura intelectualmente relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal, a primeira grande figura da vida política a afirmar-se de direita em pleno processo revolucionário. Criado numa família com formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia — e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.

Nuno Gonçalo Poças reconstitui, recorrendo a arquivos, entrevistas e com a ajuda da própria família do antigo ministro da Cultura, o percurso e as ideias deste homem invulgar, neto de um “aristocrata pobre e de um comerciante empreendedor“, cujo  legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em  revista os seus sucessos e fracassos. Graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, a obra ajuda a compreender as grandes questões que Portugal e a Europa continuam a enfrentar, mostrando ao mesmo tempo uma elegância política difícil de conceber quando olhamos à nossa volta.

Capa do livro

“Costumo dizer que passei por todas as direitas, no período do liceu e até no período da própria universidade, embora possamos dizer que a parte mais vasta do meu pré-25 de Abril seja a de uma direita liberal. Mas passei episodicamente por grupos, é verdade, que podiam ter alguma pretensão heróica… Mas mesmo aí a minha opinião dominante foi sempre liberal. Devo, de resto, dizer que, ao mesmo tempo, era sócio do organismo mais à esquerda da universidade, o CITAC. Tudo isto representava um grande gosto pela experiência”, disse Francisco Lucas Pires, que desapareceu precocemente aos 53 anos, em 1998, mas que sempre teve uma certa vocação para agir contra a corrente que dele esperavam os seus hipotéticos correligionários, talvez por ser “um homem que gostava de ser do contra, que tinha algum prazer em não estar com a maioria“, mas também porque não via a esquerda e a direita “como Caim e Abel, mas como marido e mulher“.

Colunista no jornal Observador, onde também publicou ensaios sobre políticas públicas e História Contemporânea, Nuno Gonçalo Poças é autor do livro “Presos por um Fio – Portugal e as FP-25 de Abril” (Casa das Letras, 2021) e “O Fenómeno Marcelino da Mata – O Herói, o Vilão e a História” (Casa das Letras, 2022).

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