Cobrafuma, Maquina e Conferência Inferno actuam no Gretua, em Aveiro, no Super Bock Super Nova
No próximo dia 24 de Novembro, o GrETUA recebe mais uma edição do Super Bock Super Nova.
A 9.ª edição da Super Nova tem levado um conjunto de 12 bandas nacionais, divididas por 7 locais diferentes em cada data. A premissa é simples: levar o melhor dos músicos emergentes de Portugal a diferentes palcos como forma de descentralização.
Dentro desse conceito, existem 3 modalidades de espectáculo que percorrem o país: Concerto, DJ SET e Circuito, sendo este último aquele que irá passar por Aveiro neste dia 24.
Nele, 3 bandas percorrem um conjunto de diferentes palcos de norte a sul do país, em diferentes datas, e desta feita é a vez do GrETUA. Para esta edição, os escolhidos foram Cobrafuma, Maquina e Conferência Inferno. Os 3 representam uma nova abordagem do rock português. Cobrafuma traz o cruzamento entre o punk, o thrash e o sludge, inspirados pelo ditado brasileiro “A cobra vai fumar”, que nos mostra que mesmo o improvável é sempre possível. Os Maquina fazem jus ao seu nome, com o seu passo mecânico assente na tradição krautrock e numa sonoridade industrial. Por fim, Conferência Inferno, já muito conhecidos e queridos pelo público aveirense, continuam a criar e a escrever outro futuro para o post punk electrónico.
Os bilhetes encontram-se disponíveis apenas para venda à porta, pelo preço de 3 euros, sendo que cada ingresso inclui ainda uma bebida gratuita.
Cobrafuma
Fumo denso, jogos de snooker em que ninguém mete a preta e mais de 666 cervejas entornadas entre o corpo, o chão, e o balcão. Cobrafuma é um elenco de proto-veteranos do Porto que ouviram o chamamento da Cobra entre shoppings manhosos e bares de chão pegajoso. Nesta primeira bisca homónima, som é rijo como aço e cheio de veneno, e rasteja entre géneros que não prestam contas a ninguém: punk, thrash e rock’n’roll, sibilado em Português Suave e bem regado a aguardente bagaceira sem rótulo.
Maquina.
A MДQUIИД. vem de Lisboa munida de pedais de efeitos que se querem fazer notar e de uma constância rítmica que roça a hipnose. Entre um rock sujo com psicadelismo em tons negros e piscares de olhos pouco tímidos à força industrial da dança, percebe-se facilmente porque já estabeleceram uma reputação pela energia dos seus concertos. A linha de baixo é o motor automático da explosão, a bateria assume o volante e segue prego a fundo, as texturas ruidosas da guitarra provocam atrito constante no asfalto e há um GPS na bagageira de onde ouvimos uma voz a indicar o caminho em gritos distorcidos.
Conferência Inferno
Francisco Lima, Raul Mendiratta e José Miguel Silva são os participantes desta Conferência Inferno. No início de 2021 revelaram Ata Saturna, o seu primeiro longa duração. Nascidos em percursos por Portugal, mas nidificados no Porto, fizeram-nos chegar o espelho da desumanização, com letras desoladoras e pejadas de crítica social. Com influências darkwave e post punk são a prova de que não é preciso baterias nem guitarras para ser punk. Algo que já conhecíamos de Bazar Esotérico, EP lançado no Verão de 2019 ainda em formato duo, onde registaram retratos nocturnos de uma cidade imberbe na arte de ser urgente. Os Conferência Inferno lançaram o seu segundo longa-duração, Pós-Esmeralda, em outubro de 2023.