Comissão organizadora da Marcha do Orgulho do Porto celebra Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+
“Não estás só. Quando não acreditares, NÓS lutamos contigo!” este é o slogan escolhido pela Comissão Organizadora da 17.ª Marcha do Orgulho do Porto para celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Pessoas Trans, Queer, Pessoas Intersexo e Assexual), alusiva à revolta de Stonewall ocorrida no dia 28 de Junho de 1969. A data é relembrada, desde então, por manifestações e eventos por todo o mundo que expressam o orgulho em assumir a orientação sexual e a identidade de género.
No passado Sábado, dia 25 de junho, e segundo a Comissão organizadora da Marcha do orgulho do Porto, mais de 10.000 manifestantes ocuparam as ruas do Porto para reivindicar direitos iguais e despertar a consciência social.
De acordo com o Estudo nacional sobre necessidades das pessoas LGBTI e sobre a discriminação em razão da orientação sexual, identidade e expressão de género e características sexuais da CIG (Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género): “A discriminação contra as pessoas de minorias sexuais e de género é ainda frequente em diversas situações e momentos do seu ciclo vital. Em Portugal, embora se registem progressos assinaláveis no patamar legislativo em diversos domínios (e.g., parentalidade, saúde, etc.), são ainda consideráveis os desafios impostos pela discriminação que as pessoas LGBTI+ enfrentam nos vários contextos em que se se movem ao longo da sua vida.“, pode ler-se no estudo.
Num comunicado a que a Comunidade Cultura e Arte teve acesso, esta campanha da Comissão organizadora da Marcha do orgulho do Porto pretende sensibilizar e demonstrar as violências a que estão sujeitas as pessoas Queer e por outro lado quer ser ainda “uma mensagem de esperança para todas as pessoas que enfrentam sozinhas a discriminação, relembrando-as que somos uma comunidade unida e solidária“
2022 é o ano em que se celebra mais dias em Democracia do que em Ditadura e a Comissão Organizadora da Marcha do orgulho do Porto lembra e celebra “todas as pessoas LGBTQIA+ que viveram e sobreviveram à ditadura, pessoas que foram criminalizadas, perseguidas, silenciadas e oprimidas. Não nos esquecemos do nosso passado e lembramos que esta realidade não terminou para muitas pessoas, a quem o direito à dignidade continua a ser sistematicamente negado. Erguemos assim os nossos cravos e reivindicamos todos os Direitos que nos são devidos e por inteiro. A nós não nos serve respeito, aceitação e dignidade pela metade. Não vivemos pela metade, queremos viver por inteiro!”, assume a Comissão em comunicado.