DiCaprio vai interpretar Sam Phillips, um dos maiores produtores de música dos anos 50
Leonardo DiCaprio trará o icónico produtor musical dos anos 50, Sam Phillips, para o cinema. Este trata-se de um dos nomes mais revolucionários no contexto musical. Na origem disto, está a aquisição feita pelos estúdios Paramount dos direitos do livro de Peter Guralnick. O título da obra é “Sam Phillips: The Man Who Invented Rock ‘N’ Roll” e é um retrato biográfico deste rosto da música norte-americana. O desenvolvimento deste projeto cinematográfico será assegurado pelo ator norte-americano e por Jennifer Davisson, produtora que já havia assumido o mesmo tipo de funções em “The Revenant“, a partir da produtora Appian Way. Ainda no campo da realização deste filme, serão mais aqueles que se apresentarão na equipa de produtores, como o mítico Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, que participou na série musical do canal HBO “Vinyl” como produtor executivo, e o autor da obra sobre a qual se baseará este trabalho.
O que têm Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Roy Orbison, Johnny Cash ou Howlin’ Wolf em comum? Ambos foram alicerçados pelo Sun Studio, estúdio musical sediado em Memphis, Tennessee, e que contavam com a irreverência de Phillips. Foi desta forma sui generis que o norte-americano, nascido a 1923 e falecido 90 anos depois, deu impulso à nova geração de músicos, estando esta assente no rock n’ roll e no rockabilly, fundindo o country com os blues, o R&B e até o soul. Tornou-se, assim, numa contribuição marcante para uma fulgurante e vibrante era na música, prestando-lhe uma vivacidade cativante e que criou os primeiros rostos intemporais no âmbito da música norte-americana. É esta a personalidade que pode ser o ponto de retorno de Leonardo DiCaprio para a grande tela, estando somente assegurada a sua presença no campo da produção deste retrato biográfico. Não obstante o realizador e o argumentista não estarem definidos, será uma questão de tempo até que a Paramount alinhave os responsáveis por desempenhar estas funções.
Esta aquisição literária por parte do estúdio não é virgem, após terem sido garantidos os direitos do livro de Beth Macy “Truevine: Two Brothers, A Kidnapping, And A Mother’s Quest; A True Story Of The Jim Crow South” na mesma semana. Esta afigura-se como uma outra oportunidade para DiCaprio voltar ao grande ecrã, indo de encontro à política de adaptações literárias da Appian Way.
Para além destes, existem outros projetos nos quais a Appian Way está intrinsecamente ligada à Paramount, nomeadamente numa transposição dirigida por Martin Scorsese e numa outra que contará com a participação de Benicio del Toro (“The Corporation: An Epic Story Of The Cuban American Underworld “). A primeira irá expor a obra de Erik Larson denominada “The Devil In The White City: Murder, Magic And Madness At The Fair That Changed America”, que relata os episódios protagonizados no século XIX por um serial killer que se equivale a Hannibal Lecter.
Outros planos da produtora passam por adaptar o trabalho de Kayla Olson designado por “Sandcastle Empire“, que aborda um futuro apocalíptico que se avizinha no colapso por via do aquecimento global; assim como trazer para a tela o escândalo das erróneas emissões de diesel dos carros Volkswagen, redigido e escrutinado pelo jornalista do New York Times, Jack Ewing. São vários os planos, embora escassas as conclusões, de trazer o fantástico da literatura para uma plataforma em que se confirma ou desmente toda a imaginada forma ou textura.