Festival Porta-Jazz promove residências artísticas e o cruzamento de experiências

por Comunidade Cultura e Arte,    1 Fevereiro, 2022
Festival Porta-Jazz promove residências artísticas e o cruzamento de experiências
projeto “Nest” liderado por Alfred Vogel e que conta com o virtuoso violinista francês Theo Ceccaldi / DR
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O Festival Porta-Jazz regressa esta sexta-feira com uma edição especial que vai ocupar o Rivoli, no seu todo, proporcionando ao público uma visão mais livre, transversal e diversa.

Ao longo de três dias, de 4 a 6 de fevereiro, esta 12.ª edição propõe 17 concertos com mais de 80 músicos, nacionais e internacionais. Pela primeira vez no festival, o multi-instrumentista, cantor, compositor e produtor musical brasileiro António Loureiro – que toca com dois colossos da guitarra, Kurt Rosenwinkel, e Pedro Martins, e com o baterista Obed – apresenta “Conexão”, que resulta de uma residência com os portugueses André Fernandes (guitarra), João Mortágua (saxofone), Gil Silva (trombone), José Carlos Barbosa (contrabaixo) e Diogo Alexandre (bateria). Haverá ainda lugar a uma residência artística com músicos das associações Robalo e Porta-Jazz (Portugal, Lisboa e Porto) e da AMR (Suíça, Genebra) cujo trabalho será estreado no decorrer do festival.
Continua a parceria com o festival Austríaco Bezau Beatz, que traz ao Porto o projeto “Nest” liderado por Alfred Vogel e que conta com o virtuoso violinista francês Theo Ceccaldi. 

Ao longo de 12 anos, o Festival Porta-Jazz tem sido uma mostra multidimensional no espaço modularmente expansível e intercomunicante. Pela primeira vez ao vivo no palco do Rivoli, o novo álbum de Manuel Linhares, “Suspenso”, e “Ninhos” que marca a estreia de Joana Raquel com Miguel Meirinhos, ambos com o selo do Carimbo Porta-Jazz. Serão também apresentados os álbuns “A Tribo”, do coletivo Coreto; “D”, dos Puzzle 3que junta Pedro Neves, João Paulo Rosado e Miguel Sampaio; “Otro Cielo”, de Demian Cabaud; “WIZ”, do trio com o mesmo nome composto por José Pedro Coelho, Wilfried Wilde e Iago Fernández, e “Dança dos Desastrados” de Miguel Ângelo.

Destaque ainda para a estreia de uma encomenda feita ao saxofonista Daniel Sousa, radicado em Copenhaga, que vai apresentar o resultado deste desafio com a cantora Susana Nunes, Wanja Slavin (saxofone alto e flauta transversal), PJ Fossum (sintetizadores), José Diogo Martins (piano), Carlos Borges (baixista) e Eduardo Dias (bateria).

E para o cruzamento em palco da música com a pintura, em tempo real, no concerto desenhado “Sombras da Imperfeição“, um projeto do pianista Hugo Raro com o artista plástico Jas, estreado no Guimarães Jazz 2020.
Palco de revelações, o Porta-Jazz dará a conhecer o projeto que junta a cantora Vera Morais ao saxofonista português de ascendência búlgara Hristo Goleminov. Ambos residem em Amsterdão e lá desenvolveram, durante o confinamento, este duo que coabita com a improvisação, onde se constroem e se desconstroem as palavras e os sons.

Este que será o segundo festival desde que a pandemia assolou o mundo, e depois de uma edição atipicamente ao ar livre, o Porta-Jazz tenta recuperar parte da mística que o caracteriza, fazendo do Rivoli o epicentro local de um movimento internacional, alimentando o espírito de comunidade, o cruzamento de músicos e entusiastas, a troca de experiências e contactos.
A missão é a mesma há 12 anos: democratizar o acesso ao Jazz, criar novos públicos e massa crítica, divulgar e incentivar a composição original, e proporcionar o intercâmbio e parcerias entre músicos nacionais e internacionais.

Os bilhetes para o festival vão estar à venda nos próximos dias, nas bilheteiras do Teatro Municipal do Porto (Rivoli e Campo Alegre) e on-line. A programação completa pode ser consultada aqui e está dividida por blocos, cada um dos sete blocos tem um bilhete único no valor de 7 euros. Os membros da Associação Porta-Jazz têm 50% de desconto.

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