Filmes de Margarida Cardoso, Basil da Cunha, Catarina Vasconcelos e Jorge Jácome no IndieLisboa

por Lusa,    7 Maio, 2024
Filmes de Margarida Cardoso, Basil da Cunha, Catarina Vasconcelos e Jorge Jácome no IndieLisboa
“O melhor dos mundos”, de Rita Nunes
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Filmes de Margarida Cardoso, Basil da Cunha, Catarina Vasconcelos e Jorge Jácome fazem parte da competição portuguesa do festival de cinema independente IndieLisboa, que começa no dia 23, revelou hoje a organização.

O festival anunciou hoje a programação completa da 21.ª edição, nomeadamente a competição nacional, com a escolha de oito longas-metragens e 18 curtas portuguesas – um recorde -, e revelou também que a abertura será com o documentário “I’m not everything I want do be”, de Klára Tasovská, sobre a artista checa Libuse Jarcovjáková.

O filme, exibido este ano no festival de Berlim, é um retrato da artista checa, atualmente com 72 anos, a partir dos seus diários e de um intenso arquivo fotográfico, e é também um fresco sobre os anos 1970 e 1980 em Praga, Tóquio e Berlim, onde viveu.

“Banzo”, de Margarida Cardoso

O IndieLisboa, que termina a 02 de junho, escolheu “Dream Scenario”, de Kristoffer Borgli, para filme de encerramento, propondo uma comédia negra protagonizada por Nicholas Cage, no papel de um professor de biologia que começa a surgir nos sonhos de outras pessoas.

Sobre a programação, agora completa, a competição nacional – que é a “secção central do festival” – “celebra um número recorde de títulos a concurso, uma ambição desmedida pelo formato mais longo, com um conjunto de cineastas particularmente vibrante e um gesto de questionamento permanente da história e do país”.

Entre as oito longas a concurso figuram, em estreia mundial, “Banzo”, de Margarida Cardoso, “O ouro e o mundo”, de Ico Costa, e “O melhor dos mundos”, de Rita Nunes.

Em “Banzo”, Margarida Cardoso propõe novo momento de reflexão sobre colonialismo e África, através de uma ficção sobre “um médico de uma plantação numa ilha tropical africana que, em 1907, terá de curar um grupo de serviçais ‘infectados’ pelo Banzo, a nostalgia dos escravos”.

“Mãos no Fogo”, de Margarida Gil

“O ouro e o mundo”, de Ico Costa, também remete para África, com a narrativa focada “num jovem casal de uma pequena cidade de Moçambique”. “Para escapar à precariedade, Domingos embarca então numa viagem por Moçambique, com destino às minas de ouro no norte do país”, refere a sinopse desta ficção, produzida entre Portugal e França.

Igualmente em estreia mundial apresenta-se “O melhor dos mundos”, de Rita Nunes, protagonizado por Sara Barros Leitão e Miguel Nunes, num drama passado em 2027 com um casal de cientistas e um possível sismo em Lisboa.

Segundo o festival, entre as longas-metragens escolhidas estão ainda filmes que já passaram pelo circuito internacional de festivais: “Mãos no Fogo”, de Margarida Gil, “Estamos no ar”, de Diogo Costa Amarante, “Manga d’Terra”, de Basil da Cunha, o documentário “Contos sobre o esquecimento”, de Dulce Fernandes, e “Greice”, do realizador brasileiro Leonardo Mourameteus.

“Noturno para uma floresta”, de Catarina Vasconcelos

Do lote de 18 curtas selecionadas fazem parte “Shrooms”, de Jorge Jácome, “Slimane”, de Carlos Pereira, “Noturno para uma floresta”, de Catarina Vasconcelos, ou “Quando a terra foge”, de Frederico Lobo, que também estará presente em Cannes.

Haverá espaço ainda para uma nova secção, intitulada “Rizoma” e que “é o lugar do encontro e da celebração dos filmes em conjunto com o grande público do festival”. 

Nessa secção vão passar, por exemplo, “Desconhecidos – All of us Strangers”, o mui elogiado e premiado filme de Andrew Haigh, com Andrew Scott e Paul Mescal, e o documentário “No other land”, filme coletivo feito por ativistas israelitas e palestinianos.

O IndieLisboa, que se repartirá entre os cinemas São Jorge, Ideal, Fernando Lopes, a Culturgest e a Cinemateca Portuguesa, disponibiliza toda a programação na página oficial, sendo os bilhetes colocados à venda na quinta-feira.

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