Já se conhecem os premiados do DocLisboa. “A Date in Minsk”, de Nikita Lavretski, é o grande vencedor do festival

por Miguel Rico,    16 Outubro, 2022
Já se conhecem os premiados do DocLisboa. “A Date in Minsk”, de Nikita Lavretski, é o grande vencedor do festival
O realizador de “A Date in Minsk”, Nikita Lavretski / Fotografia via DocLisboa

Termina mais uma edição do DocLisboa, festival internacional de cinema, a cerimónia de encerramento ficou marcada pelo filme “Objetos de Luz”, de Acácio de Almeida e Marie Carré e pela atribuição do Grande Prémio Cidade de Lisboa de Melhor Filme da Competição Internacional à obra “A Date in Minsk”, de Nikita Lavretski, uma das novas e mais pertinentes vozes do cinema bielorusso.

O Prémio HBO Max para Melhor Filme da Competição Portuguesa foi atribuído (ex aequo) ao filme “Vexations”, de Leonardo Mouramateus e “A Visita e um Jardim Secreto”, de Irene M. Borrego, também vencedor do Prémio Escolas ETIC. Ainda no âmbito nacional, o Prémio Sociedade Portuguesa de Autores do Júri da Competição Portuguesa distinguiu “Memória”, de Welket Bungué. 

“It’s Party Time”, do realizador Léo Liotard venceu a Competição Transversal, o Prémio Revelação – Prémio Canais TVCine para Melhor Primeira Longa-Metragem (mais de 60 minutos de duração). Com Menção Honrosa atribuída a “Moto”, de Gastón Sahajdacny.

Já o Prémio para Melhor Curta-Metragem (até 40 minutos de duração) foi atribuído a “May the Earth Become the Sky”, de Ana Vîjdea, uma autêntica relíquia audiovisual que acompanha o quotidiano de Maria, de 48 anos, que vive na dividida, marcada pela ambiguidade entre o ascetismo e o instinto maternal.

O Prémio Lugares de Trabalhos Seguros e Saudáveis – Prémio Agência Europeia para a Segurança no Trabalho para Melhor Longa-Metragem de Temática Associada ao Trabalho foi para “The Beach of Enchaquirados”, de Iván Mora Manzano.

“Adeus, Capitão”, de Tatiana Almeida e Vincent Carelli, foi o vencedor do Prémio Fundação INATEL para Melhor Filme de Temática Associada a Práticas e Tradições Culturais e ao Património Imaterial da Humanidade. Ainda no mesmo âmbito, foi atribuída uma Menção Honrosa a “Yarokamena”, de Andrés Jurado.

Relativamente ao Prémio Fernando Lopes – Prémio Midas Filmes e Doclisboa para Melhor Primeiro Filme Português foi para “Home, Revised”, de Inês Pedrosa e Melo, uma realizadora ambiciosa e promissora. O filme aborda algumas das temáticas mais pertinentes em cinema documental, a “memória coletiva” e a recolha de imagens de arquivo.

O Prémio do Público – Prémio Jornal Público para Melhor Filme Português foi para “O que podem as Palavras”, de Luísa Marinho e Luísa Sequeira, uma ode à coragem das chamadas “Três Marias”, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, autoras das “Novas Cartas Portuguesas”, durante o período da ditadura portuguesa. 

Na Competição Verdes Anos, o Prémio Le Fresnoy para Melhor Filme dos Verdes Anos foi para “Picnic at Hanging Rock”, de Naama Heiman., uma história de amor e honestidade.  Foi atribuído, ainda na mesma competição, o Prémio Pedro Fortes para Melhor Filme Português a “Bentuguês”, um filme de Daniel Borga.

Nos Prémios Arché, o Melhor Projeto em Fase de Montagem ou Primeiro Corte foi atribuído ao filme “A Savana e a Montanha”, de Paulo Carneiro. O Melhor Projeto em Fase de Escrita ou Desenvolvimento foi para “Continuum”, de Mariana Bomba. Há ainda que destacar o Prémio Especial do Júri Arché para um Projeto em Fase de Escrita e Desenvolvimento, concedido a “House made of mist”, de Alberto Dexeus.

O grande destaque da noite vai, claro, para “A Date in Minsk”, a obra do realizador bielorrusso Nikita Lavretski, vencedora do Prémio Cidade de Lisboa de Melhor Filme da Competição Internacional, destacada, segundo a organização do festival, pela “preocupação com temáticas atuais, pela autenticidade dos diálogos e interpretações”.

Quem não viu os premiados desta edição do DocLisboa ou para os que simplesmente gostariam de rever alguns dos filmes, ainda vão poder fazê-lo através das sessões que decorrerão entre os dias 17 e 19 de Outubro, no Cinema Ideal. 

Sessões a 17 Outubro:

17h30
O que podem as Palavras
Luísa Marinho, Luísa Sequeira 
2022 • Portugal • 77’
22h00

Adeus, Capitão
Tatiana Almeida, Vincent Carelli
2022 • Brasil • 178’

Sessões a 18 Outubro: 

17h30
The Beach of Enchaquirados
Iván Mora Manzano
2021 • Equador • 87’

22h00
Vexations
Leonardo Mouramateus
2022 • Portugal • 23’

A Visita e um Jardim Secreto
Irene M. Borrego
2022 • Espanha, Portugal • 64’

Sessões a 19 de Outubro:
17h30
Home, Revised
Inês Pedrosa e Melo
2022 • Portugal • 28’

It’s Party Time
Léo Liotard
2022 • Bélgica • 69’

22h00
May the Earth Become the Sky
Ana Vîjdea
2022 • Roménia. Portugal, Hungria, Bélgica • 15’

A Date in Minsk
Nikita Lavretski
2022 • Bielorrússia • 88’

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