Já se pode ouvir “Paris, Lisboa”, novo disco de Salvador Sobral
“Paris, Lisboa” é o novo disco de Salvador Sobral.
Está já disponível em formato CD em todas as lojas e nas plataformas de download e streaming, em formato digital. É editado em Portugal com o selo da Valentim de Carvalho e no resto do mundo sob a chancela da Warner Music Spain.
Um notável conjunto de canções que confirmam o cantor e letrista como uma voz maior ─ pelas opções musicais e estéticas; pelo cuidado na escolha das letras e nas colaborações; e sobretudo pela capacidade e enorme fôlego, com que se dá às canções.
Como diz Valter Hugo Mãe no texto de apresentação, a sua música tem «qualquer coisa incrivelmente colectiva. Qualquer que seja o registo, mais ou menos íntimo, o seu ímpeto é uma multidão». É por isso que as novas canções de Salvador Sobral já são nossas. Chegam com a Primavera, ficam no coração.
Alinhamento do disco
1. 180, 181 (catarse)
2. Presságio
3. Cerca del Mar
4. Ela disse-me assim
5. Playing with the wind
6. Prometo Não Prometer (com Luísa Sobral)
7. Benjamin
8. Grandes Ilusiones
9. Mano a Mano (reprise com António Zambujo)
10. La Souffleuse
11. Paris, Tokyo II
12. Anda Estragar-me os Planos
“Paris, Lisboa” começa com uma catarse, uma espécie de canto de libertação do que vivemos e queremos deixar livre no tempo passado. No fim, a celebração da vida e do amor de quem troca as voltas ao fado e abre o coração ao amor, quebra regras e rotinas, e goza a vida de forma alegre e esfuziante. E generosa, ao abraçar a canção de Francisca Cortesão e Afonso Cabral, em jeito de bónus.
Ao longo do disco, Salvador Sobral consolida a sua visão de música e mundo. O jazz é a sua linguagem de base, em permanente experimentação com a pop ou a música tradicional (da contaminação do cante em “Mano a Mano” ao uso do Rajão, um dos tradicionais cordofones madeirenses ou aos tambores, em “Anda Estragar-me os Planos”, ou aos ecos dos bombos de Lavacolhos em “Playing with the wind”) ou até com a música clássica.
Ao ecletismo das letras do próprio, de Fernando Pessoa, Maria do Rosário Pereira, entre outros, Salvador Sobral acrescenta uma narrativa musical dinâmica e eclética, capaz de ser comovente ou entusiasmante, com as marcas idiossincráticas da sua interpretação, a autenticidade com que partilha o microfone com a irmã Luísa Sobral ou com António Zambujo, ou se entrega ao murmurar de “La Souffleuse”.
“Paris, Lisboa” é uma viagem pelos sentidos, sem tempo, princípio ou fim. Uma celebração de vida. Viajar é preciso.
A capa do disco traduz a viagem sem partida nem chegada que procura uma ligação eternal entre Paris e Lisboa. Mas não é apenas isso. Tal como o nome do disco, a capa é também uma homenagem de Salvador Sobral ao clássico de Wim Wenders, o filme Paris, Texas. A fotografia é da autoria de Ana Paganini.
O álbum produzido por Joel Silva conta com 7 canções em português, das quais resultam dois duetos com convidados de luxo. São dois cantores por quem Salvador Sobral nutre uma grande admiração: António Zambujo numa nova versão de “Mano a Mano” e Luísa Sobral com uma canção de autoria da própria – “Prometo Não Prometer”.
“Anda Estragar-me os Planos” foi originalmente composta por Francisca Cortesão e Afonso Cabral para ser interpretada por Joana Barra Vaz na edição de 2018 do Festival da Canção. Esta nova versão de Salvador Sobral é acompanhada por um vídeo idealizado, ilustrado e animado desde Barcelona por Sol Domínguez e Juan Daniel González.