João Canijo diz que prémio de Festival de Berlim “significa uma nova vida”
O realizador João Canijo (ler entrevista) disse hoje à Lusa que o prémio atribuído ao seu filme “Mal Viver” pelo Festival de Cinema de Berlim “significa uma nova vida” e “prova que o cinema português tem qualidade”.
“Mal Viver” venceu no sábado o Urso de Prata para prémio do júri do 73.º Festival de Cinema de Berlim.
À Lusa, o cineasta afirmou que a distinção “significa uma nova vida”.
“Pelo menos tenho a certeza de que consigo fazer mais um filme”, assinalou, apontando “Mal Viver” como o seu “melhor filme”.
Para João Canijo, o prémio recebido no Festival de Berlim foi a recompensa de um trabalho em equipa.
“Foi uma equipa muito dedicada, deu tudo, o que tinha e não tinha, para fazer este filme, foram recompensados”, frisou, expressando que “a equipa está toda delirante” com a distinção.
Depois do Urso de Prata, “mais um prémio que prova que o cinema português tem qualidade”, João Canijo admite “ter eventualmente melhores condições para fazer um próximo filme”.
E o próximo, ainda em projeto, será sobre a encenação de uma peça de teatro, tendo como protagonistas mulheres, novamente.
“Mal Viver” é, segundo a sinopse, “a história de uma família de várias mulheres de diferentes gerações, que arrastam uma vida dilacerada pelo ressentimento e o rancor, que a chegada inesperada de uma neta vem abalar, no tempo de um fim de semana”.
O elenco conta com as atrizes Rita Blanco, Anabela Moreira, Madalena Almeida, Cleia Almeida, Vera Barreto, Filipa Areosa, Leonor Silveira, Lia Carvalho, Beatriz Batarda, Leonor Vasconcelos e Carolina Amaral, às quais se juntam os atores Nuno Lopes e Rafael Morais.
O filme estreia nas salas portuguesas em 11 de maio.
Com a longa-metragem “Sangue do Meu Sangue” (2011), que conta igualmente com Rita Blanco e Anabela Moreira no elenco, João Canijo ganhou diversos prémios em festivais de cinema europeus.