O Doclisboa’18 acontece em Outubro e já se conhecem alguns filmes do festival

por Comunidade Cultura e Arte,    6 Setembro, 2018
O Doclisboa’18 acontece em Outubro e já se conhecem alguns filmes do festival
“Infinite Football” (2018), de Corneliu Porumboiu
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The Waldheim Waltz, de Ruth Beckermann, será exibido na sessão de abertura do Doclisboa, e contará com a presença da realizadora na Culturgest. No filme, que venceu o Prémio para Melhor Documentário no Festival de Berlim, Ruth Beckermann recorre a materiais de arquivo para um novo olhar sobre o caso de Kurt Waldheim, ex Secretário-geral da ONU com um obscuro passado Nazi. Na sessão de encerramento do festival, no Cinema São Jorge, poderá ser visto Infinite Football, de Corneliu Porumboiu. O realizador romeno volta à sua terra natal para saber mais sobre um novo desporto inventado a partir de alterações às regras do futebol. Infinite Football teve a sua estreia na última edição do Festival de Berlim.

“Waldheims Walzer” (2018), de Ruth Beckermann

O Doclisboa divulga ainda os filmes da secção Da Terra à Lua, na qual volta a exibir obras que marcam a actualidade, como é o caso de Dead Souls, o novo filme de Wang Bing, que estreia depois de ter integrado a Selecção Oficial da última edição do Festival de Cannes. Presença habitual no Doclisboa, Wang Bing venceu já por três vezes a competição internacional do festival, em 2003, 2012 e 2014. No ano passado, o realizador esteve duplamente representado com Bitter Money e Mrs. Fang.

The Silence of Others (2018), de Robert Bahar e Almudena Carracedo

Também do Festival de Cannes vem Samouni Road, de Stefano Savona, filme que foi distinguido com o prémio Golden Eye, atribuído ao Melhor Documentário.

Želimir Žilnik virá ao Doclisboa para a estreia mundial do seu filme mais recente, The Most Beautiful Country in the World, três anos após o festival ter dedicado ao realizador a primeira retrospectiva completa de seu trabalho.

A representação portuguesa nesta secção faz-se também com estreias mundiais: Rosa Coutinho Cabral apresenta PE SAN IÉSteve Sprung exibe pela primeira vez O Plano, e Pedro Neves Marques mostra a curta-metragem A Arte Que Faz Mal à Vista, filme sobre a estátua do padre António Vieira, que será exibido em conjunto com Ava Yvy Vera – A Terra do Povo do Raio, obra realizada por um colectivo indígena sobre a reconquista das suas terras.

Fahavalo, Madagascar 1947 é outro dos filmes em destaque, e Marie-Clémence Andriamonta-Paes volta a Madagáscar para reabrir as feridas do colonialismo naquele país. A estreia europeia do filme acontece no Doclisboa, com a presença da realizadora.

“Fahavalo”, Madagascar 1947 (2018), de Marie Clémence Andriamonta-Paes

Talal Derki apresenta Of Fathers and Sons, dando-nos uma perspectiva única e rara sobre o quotidiano de uma família radical islâmica. O filme venceu, entre outros prémios, o Prémio para Melhor Documentário na última edição do Festival de Sundance.

Em The Silence of Others, Almudena Carracedo e Robert Bahar mostram a luta urgente e em curso das vítimas e sobreviventes de atrocidades cometidas durante a ditadura de Franco, em Espanha. A exibição do filme será acompanhada por um debate, com a presença da realizadora e de Paqui Maqueda, representante da associação Nuestra Memoria, que o filme acompanha. Produzido pelo cineasta Pedro Almodóvar, The Silence of Others foi premiado no Festival de Berlim.

“Of Fathers and Sons” (2017), de Talal Derki

The Raft, de Marcus Lindeen, chega ao Doclisboa depois de ter vencido o prémio máximo do festival CPH:DOX, e dá-nos a conhecer os sobreviventes de uma experiência social sobre a violência e a atracção sexual, realizada nos anos 70.

Estas novidades vêm juntar-se à já anunciada retrospectiva integral dedicada a Luis Ospina, que será a primeira na Europa e contará com a presença do realizador, e também ao foco “Navegar o Eufrates, Viajar no Tempo do Mundo“, que explora o passado daquela região geográfica para compreender o seu presente. O Doclisboa’18 acontece de 18 a 28 de Outubro.

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