Podcast Sofá. “The Irishman”: a longa reunião dos amigos de Scorsese
O filme “The Irishman” estreou dia 27 de novembro na Netflix e rapidamente passou a estar nas bocas do mundo. Com um elenco de luxo e uma muito longa duração é uma das maiores apostas para os Óscares.
The Irishman conta de uma forma muito demorada (3h30m) uma história que acaba por ser uma mão cheia de nada.
Por reunir grandes nomes do cinema nos anos 70, o filme gerou grande alarmismo, mas acabou por nos desiludir: o realizador Martin Scorsese é o responsável por grandes clássicos como Taxi Driver, GoodFellas, The Wolf of Wall Streat e Casino; o ator Robert De Niro, que é uma escolha habitual de Scorsese; aos dois junta-se também Joe Pesci, que abandonou a reforma para realizar este filme; e ainda o afamado Al Pacino, ator eternizado pela interpretação de Michael Corleone em The Godfather.
The Irishman é um filme baseado em factos reais e inspirado no livro I Heard You Paint Houses, uma expressão muito utilizada na máfia que significava que alguém recebia para matar. Com um ritmo lento e um tom grave onde não há espaço para conversas desnecessárias, Scorsese conta a história de Frank Sheeran a partir do momento em que é um simples condutor de camiões até ser uma das figuras mais importantes do mundo da máfia americana e ter uma estreita relação com Hoffa, um carismático líder sindical dos anos 60.
A Netflix desembolsou 175 milhões de dólares na produção deste filme, um orçamento que é superior ao de filmes de ação como “Homem-Aranha: Longe de Casa” (160 milhões), por exemplo. Os efeitos visuais são responsáveis por boa parte do valor final. Um dos exemplos é a técnica conhecida como de-aging, que rejuvenesce os atores digitalmente, em que o diretor fez questão de investir bastante.
Neste episódio do Sofá, a Diana Lemos e a Mafalda Domingues discutem a realização do filme, a escolha do elenco, a possível nomeação aos Óscares e contam-te curiosidades sobre a produção The Irishman.