Programadores culturais pedem horários de espetáculos evolutivos no plano de desconfinamento
A proposta é encabeçada pela Espaço Público – Associação Profissional de Trabalhadores Culturais.
A Associação Profissional de Trabalhadores Culturais Espaço Público, que junta entidades do setor da cultura de todo o país, propõe às autoridades competentes uma adaptação das limitações horárias dos teatros ao ritmo evolutivo do plano de desconfinamento, em consonância com o que se verifica para outras atividades. Esta proposta surge depois de o documento anunciado pelo Governo no passado 12 de março prever, entre outros pontos, a possibilidade de reabertura das salas de espetáculo a partir de 19 de abril, mas não dar a conhecer as condições de funcionamento dos espaços, nem os possíveis horários a serem adotados.
Segundo a Associação, “o plano de desconfinamento prevê horários evolutivos, por exemplo, para restaurantes, que, a partir de 3 de maio, poderão hipoteticamente funcionar sem limite de horários. Sem querermos abordar a importância económica ou social dos diferentes sectores, parece-nos, porém, que a lógica ditaria que também para os teatros houvesse a mesma previsão, desde logo porque, como já é consabido, são dos locais de atividades sociais onde o risco de contágio é mais diminuto”.
Sem nenhuma confirmação por parte do Governo, a aplicação das regras em vigor antes do confinamento para estes espaços poderia ser uma das hipóteses. No entanto, a Inspecção Geral Das Actividades Culturais (IGAC), em nota de dia 18 de março, veio indicar que os horários possíveis a partir da reabertura das salas de espetáculo têm como limite as 22h00 em dias úteis, mais restritivo do que o que vigorava anteriormente (22h30), e as 13h00 ao fim de semana. Os profissionais culturais membros da Associação Espaço Público propõem também a anulação, a partir de 3 de maio, destes mesmos limites, que consideram dificultar, agora ainda mais, a realização de espetáculos à noite.
Alexandre Pascoal, Álvaro Santos, Brígida Maria Pereira Alves, Carlos Manuel Lista Semedo, Carlos Alberto Ribeiro da Mota, Gil Silva, João Aidos, João Cristiano R. Cunha, João Garcia Miguel, João Proença, Joaquim Ribeiro, José Barradas, José Licínio Tavares Pimenta, José Manuel Pires, José Pina, Luís Garcia, Luís Portugal, Margarida Perrolas, Nuno Soares, Paulo Brandão, Paulo Francisco, Rui Ângelo Araújo, Rui Manuel Pires Guerreiro Revez, Rui Sena, Tiago Matias e Victor Afonso são os profissionais do setor provenientes de praticamente todos os distritos do território nacional, de Norte a Sul, do Interior ao Litoral e Ilhas, que integram a Associação.
A Espaço Público que tem como objetivo principal o exercício de mediação da cultura com os seus diferentes públicos, mas também a defesa e a promoção do estatuto profissional do programador, tal como a sua formação profissional.