Radu Jude, Oleg Sentsov e Paula Gaitán no quarto momento do Doclisboa

por Comunidade Cultura e Arte,    7 Janeiro, 2021
Radu Jude, Oleg Sentsov e Paula Gaitán no quarto momento do Doclisboa
Radu Jude no Festival de Berlim 2015
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Investigar momentos surpreendentes do passado colectivo, este é o mote para o quarto momento do Doclisboa, em Ficaram Tantas Histórias por Contar que começa já daqui a oito dias, no dia 14, e decorre até 20 de Janeiro.

Em Ficaram Tantas Histórias por Contar, cruzam-se diferentes geografias e passados, numa viagem marcada pela estreia mundial de Visões do Império, o novo filme de Joana Pontes que propõe uma revisitação ao passado colonial através de arquivos familiares, partindo do seu próprio. A partir do filme, realiza-se ainda uma sessão especial seguida de uma conversa com a realizadora e alguns convidados no Padrão dos Descobrimentos, espaço que se junta à Culturgest e ao Cinema Ideal para este momento e que abre as suas portas para receber ainda um ciclo programado pela SOS Racismo no contexto do Cinema de Urgência. Através de diferentes representações cinematográficas do passado e presente, “O cinema para uma luta anti-fascista” é uma proposta para a reflexão sobre a identidade do sujeito racializado presente no olhar colectivo da nossa sociedade que urge repensar e debater.

Destaque ainda para Numbers, o mais recente filme de Oleg Sentsov, vencedor do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento atribuído pelo Parlamento Europeu em 2018, The Exit of the Trains, dos romenos Radu Jude e Adrian Cioflânc, e The Last City, de Heinz Emigholz.

Paula Gaitán regressa com o seu filme épico Luz nos Trópicos, protagonizado pelo português Carloto Cotta, assim como o cinema do sírio Mohammad Malas, que pode ser duplamente revisitado em The Dream e no retrato construído por Nezar Andary em Unlocking Doors of Cinema.

Em Fevereiro e Março, haverá espaço para celebrar o mítico punk rock dos Mata-Ratos, assistir às exibições de Grand Opera: An Historical Romance, de James Benning, (restaurado pelo Museu Austríaco do Cinema) e City Hall, de Frederick Wiseman (considerado pelos críticos da revista Cahiers du Cinéma como o melhor filme de 2020).

A 18ª edição do Doclisboa dobra um ano marcado por muitos desafios mas mantém o diálogo com as salas para garantir a realização de todas as sessões em segurança e, acima de tudo, reafirma, através da sua diversidade programática, a importância do encontro e do debate em torno do cinema.
 
Podem consultar a programação actualizada em doclisboa.org

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