Representantes das salas de espetáculo da Avenida da Liberdade são contra o fecho da Avenida aos Domingos e Feriados

por Comunidade Cultura e Arte,    20 Maio, 2022
Representantes das salas de espetáculo da Avenida da Liberdade são contra o fecho da Avenida aos Domingos e Feriados
Capitólio / DR
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Em comunicado os representantes das salas de espetáculo do Coliseu dos Recreios, Teatro Tivoli BBVA, Teatro Politeama, Teatro Maria Vitória e Capitólio informam que tomaram conhecimento, na passada quinta-feira, dia 12 de Maio, que foi aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa uma proposta que prevê o encerramento ao trânsito automóvel na Avenida da Liberdade aos Domingos e feriados.

Segundo os responsáveis, esta “situação afeta em muito o funcionamento de todos os equipamentos culturais, nomeadamente o Coliseu dos Recreios, o Teatro Politeama, o Teatro Tivoli BBVA, o Capitólio, o Teatro Maria Vitória, o Cinema São Jorge e o Teatro Nacional Dona Maria II. Estes equipamentos têm uma capacidade conjunta de 8.000 pessoas, constituindo os domingos e feriados os dias mais importantes, por se poderem realizar sessões múltiplas, atingindo muitas vezes as 22.000 pessoas ao longo do dia.”, pode ler-se num comunicado enviado para a nossa redacção.

Para além disso, é dito ainda que “os Domingos e Deriados representam oportunidades privilegiadas para a deslocação a Lisboa de muitos espectadores provenientes de todo o país, frequentemente organizados em excursões, o que contribui decisivamente para a viabilidade económica destes equipamentos culturais e para a dinamização da economia local existente ao seu redor, com evidente destaque para o comércio, hotelaria e restauração. Pelas próprias características de alguns dos espetáculos desenvolvidos nestes equipamentos, muito do seu público habitual é composto por pessoas com mobilidade reduzida e por público idoso, que naturalmente será incapaz de percorrer a pé a distância necessária para chegar aos teatros.”, pode ler-se ainda no mesmo comunicado.

Outro motivo referido no mesmo texto é que a “montagem e desmontagem de espectáculos, por razões económicas, tanto ao nível de custos como de encaixe na agenda das tournées dos artistas e companhias, realiza-se no próprio dia dos espectáculos, pelo que “in extremis” as salas podem ser privadas de operarem em 66 dias por ano (soma dos domingos e feriados) o que significaria o seu encerramento por falta de viabilidade económica.”, refere ainda o mesmo texto. 

Por fim, os representantes das salas de espetáculo da Avenida da Liberdade referem ainda que lamentam que esta decisão tenha sido tomada sem serem ouvidos e “sem qualquer estudo ou parecer técnico que a suporte e sem a sensibilidade para perceber que vivemos num país com os hábitos culturais mais baixos da Europa e que a oferta de espectáculos representa uma ferramenta importante da capacidade de atração turística e económica do país e, em particular, da cidade de Lisboa”, referem os responsáveis, que transmitiram estas informações ao Presidente da Câmara de Lisboa, Eng. Carlos Moedas esta quarta-feira em reunião conjunta realizada nos Paços do Concelho e informaram também que vão pedir audiências aos vereadores da oposição para manifestarem também as suas preocupações.

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