Ruben Östlund vence segunda Palma de Ouro no Festival de Cannes com “Triangle of Sadness”
Ruben Östlund junta-se agora ao pequeno grupo de realizadores que já venceram duas Palmas de Ouro, como Francis Ford Coppola, Michael Haneke, os irmãos Dardenne, Ken Loach ou Emir Kusturica.
O júri da 75ª edição do Festival de Cannes, presidido pelo actor Vincent Lindon, deu a Palma de Ouro à comédia satírica “Triangle of Sadness” do realizador sueco Ruben Östlund. O cineasta de 48 anos repete assim o feito pela segunda vez, depois de ter vencido o mesmo prémio em 2017 com “The Square”.
“Tínhamos um objectivo que era realmente fazer um filme emocionante para a audiência e trazer conteúdo que obrigasse a pensar”, disse Ruben Östlund ao receber a Palma de Ouro com o filme “Triangle of Sadness”, uma comédia satírica, escrita pelo próprio realizador, sobre o mundo actual e as classes mais privilegiadas.
Já o cineasta sul-coreano Park Chan-wook venceu o prémio de melhor realizador, com o filme “Decision to Leave”, e Song Kang-ho, que também é sul-coreano, venceu o prémio de melhor actor pelo seu papel em “Broker”. A iraniana Zar Amir Ebrahimi, que vive no exílio em França, venceu o prémio de melhor actriz com a sua prestação em “Holy Spider”, do realizador iraniano Ali Abbasi. O júri deu ainda, em ex-aequo, o Prémio do Júri a “Hi-Han”, filme de Jerzy Skolimowski e “Le Otto Montagne”, filme de Charlotte Vandermeersch e Felix Van Groeningen.
Prémios:
Palma de Ouro – “Triangle of Sadness”, de Ruben Ostlund
Grande Prémio – ex-aequo, “Close”, de Lukas Dhont e “Stars at Noon”, de Claire Denis
Prémio do Júri – ex-aequo a “Hi-Han”, de Jerzy Skolimowski e “Le Otto Montagne”, de Charlotte Vandermeersch e Felix Van Groeningen
Prémio da 75ª edição – Jean-Pierre e Luc Dardenne, com o filme “Tori et Lokita”
Prémio da realização – Park Chan-wook, por “License to Leave”
Prémio da Melhor Interpretação Masculina – Song Kang-ho, por “Broker”, de Hirokazu Kore-eda
Prémio da Melhor Interpretação Feminina – Zahra Amir Ebrahimi, por “Holly Spider”, de Ali Abassi
Prémio do Melhor Argumento – Tarik Saleh, por “Boy from Heaven”
Câmara de Ouro (prémio para melhor primeira-obra, em qualquer secção do festival) – “War Pony”, de Riley Keough, Gina Gammell. Ainda foi entregue uma menção especial para “Plan 75”, da japonesa Chie Hayakawa
