Sunset Rollercoaster dão três concertos em Portugal. Guimarães, Barcelos e Aveiro recebem a banda de Taiwan

por Comunidade Cultura e Arte,    23 Junho, 2019
Sunset Rollercoaster dão três concertos em Portugal. Guimarães, Barcelos e Aveiro recebem a banda de Taiwan
Sunset Rollercoaster
PUB

Depois de se terem estreado em Portugal em Outubro de 2018, os Sunset Rollercoaster (落日飛車) estão de volta para uma série de três concertos. As cidades visadas e agraciadas são Guimarães (no espaço Banhos Velhos, no dia 24 de junho), Barcelos (no Teatro Gil Vicente, dia 25) e Aveiro (no espaço Gretua, dia 26).

A sonoridade dos Sunset Rollercoaster não foi concebida para se catalogar nem se pauta por parecer querer encontrar uma espécie de nova linguagem musical. Apenas conserva, reinventando, influências efervescentes daquilo que, através de várias formas, marcou as ideologias pop durantes os anos sessenta, setenta e oitenta. Torna-se, por isso, curioso olhar e tentar entender a banda através de um espectro cronológico: se BOSSA NOVA, primeiro disco do quinteto a ser editado (em Setembro de 2011) é o registo onde as “primeiras referências” aparecem mais despidas – referências essas que vão desde Lou Reed, country, soul, garage-rock até temas mais baladeiros – a verdade é que se tratou “apenas” de um grande passo na definição do código identitário da banda no seu futuro.

Em 2016 é editado JINJI KIKKO, um EP de aproximadamente duas dezenas de minutos que catapultou a banda, de certa forma, para uma montra reduzida a um indie pop underground constantemente em reinvenção. Numa altura em que o Youtube se trata da plataforma mais utilizada para ouvir música, “My Jinji”, canção que faz parte desse EP, conta com sensivelmente 8 milhões de visualizações. Claramente a redefinição dos padrões sonoros se traduziu numa vitória por parte do quinteto: começaram a partir daqui a ganhar relevo. As atmosferas sónicas a enviesam-nos para perto dos anos oitenta, as composições que se alongam sem se arrastarem, conferindo assim o espaço necessário requerido pelos solos de vertigem de teclas e sintetizadores capazes de lançar qualquer um a gingar. O ambiente catchy, que sempre foi a variável mais constante deste carrossel, trouxe-nos em 2018 o seu segundo disco em formato longa-duração: Cassa Nova só veio confirmar o ambiente musical da banda preludiado por JINJI KIKKO. Aposta natural em muitos (e bons) solos, provenientes de teclas saltitantes, e com a bola da discoteca a girar e a contrastar, de quando em vez, com ambiências mais propícias a contemplarem o crescendo de texturas que os taiwaneses concentram nas suas canções.

Desde a única passagem por terras lusas editaram, já em maio deste ano, um novo EP: VANILLA VILLA é a novidade que podemos esperar na bagageira para os concertos a acontecer durante esta semana em Guimarães, Barcelos e Aveiro. Podemos esperar isso e sobretudo uma performance de uma banda que sabe como ecoar as referências certas para nos fazerem dançar (ou até, quem sabe, chorar) ao som de um universo sonoro que nos faz perceber que, afinal, estamos todos aqui tão próximos.

24 de junho, Guimarães – Banhos Velhos (22h) | (+info aqui)
25 de junho, Barcelos – Teatro Gil Vicente (22h) | (+info aqui)
26 de junho, Aveiro – Gretua (22h) | (+info aqui)

Artigo escrito por Emanuel Graça

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.