Terceira Pessoa estreia nova criação no Teatro-Cine de Torres Vedras

por Comunidade Cultura e Arte,    30 Novembro, 2020
Terceira Pessoa estreia nova criação no Teatro-Cine de Torres Vedras
“Um Lugar Sem Coordenadas” / Fotografia de Helena Gonçalves
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A Terceira Pessoa vai estrear a performance “Um lugar sem coordenadas”, criada por Maria Fonseca e Miguel Moreira no contexto do projeto pluridisciplinar “Rastro, Margem, Clarão”. A estreia está marcada para o dia 4 de Dezembro, pelas 21h00, no Teatro-Cine de Torres Vedras.

Esta é a terceira criação artística, de um conjunto de 3 performances, do projeto pluridisciplinar em torno do universo da escrita de Rui Nunes, que envolve criadores em artes performativas, artes visuais e ensaio teórico. A equipa artística do projeto “Rastro, Margem, Clarão” conta com uma equipa pluridisciplinar composta por: 
– Ana Gil e Nuno Leão; Maria Fonseca e Miguel Moreira; Filipa Matta e Óscar Silva (performance)
– Rui Dias Monteiro e Vítor Ferreira; Susana Paiva e Diogo Martins; Valter Vinagre e Eunice Ribeiro (fotografia e ensaio)

Ao longo do projeto foram criadas 3 performances, 3 livros de fotografia e ensaio e 1 exposição coletiva de fotografia, que resultarão em várias apresentações um pouco por todo o país: Guarda, Elvas, Torres Vedras, Coimbra, Guimarães, Lisboa, Castelo Branco, entre outras localidades a confirmar.

Sobre “Um Lugar Sem Coordenadas”

Um lugar sem coordenadas é uma performance de Maria Fonseca e Miguel Moreira, criada no contexto do projeto pluridisciplinar “Rastro, Margem, Clarão”, que envolve criadores em artes performativas, artes visuais e ensaio teórico em torno do universo da escrita de Rui Nunes.

Sinopse

Deitados: um homem, uma mulher, dois corpos nus, sem nome. O olhar de quem vê desdobra-se, hesita, escolhe aproximar-se de um, sabendo que assim se afastará do outro. No momento seguinte, quem vê duvida da escolha; reformula, pois, a posição dos olhos. Aguarda, vacila: o seu olhar é, desde logo, uma combinação dos sentidos. Vê também a música de Cage, vê o cheiro dos corpos molhados na água. E, finalmente, vê o que desejava: dois corpos que irrompem, simultaneamente, do mesmo espaço e de espaços diferentes. Corpos que sem palavras, são como as palavras de Rui Nunes: lutam, cada qual, com o seu próprio corpo. São, por vezes, vírgulas, ou o desfazer da sintaxe. Procuram o outro num movimento que é desejo e medo. Dão-nos as costas, confundem-se, camuflam-se por entre os cabelos negros. Seduzem. Procuram-se nos reflexos da água, numa cabeça, num vaso, no desenho que será feito. Enfim, um reconhecimento. Por fim, um recolhimento: abandonam lentamente o nosso olhar, deixam-nos a sós com o vazio dos sentidos.

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