Trabalhadores do Global Media Group que tinham salários de dezembro em atraso já receberam

por Lusa,    25 Janeiro, 2024
Trabalhadores do Global Media Group que tinham salários de dezembro em atraso já receberam
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Os trabalhadores da Global Media que tinham o salário de dezembro em atraso já receberam, confirmou hoje à Lusa fonte oficial do GMG, depois do grupo Bel ter dado uma garantia à Vasp para adiantar dinheiro ao grupo.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Global Media Group (GMG) confirmou que “todos os funcionários do grupo que tinham o salário de dezembro em atraso receberam”.

Anteriormente, a Lusa tinha noticiado que os trabalhadores do DN e JN já tinham recebido os salários do mês passado, informação confirmada junto de vários jornalistas. Uma das pessoas contactadas especificou à Lusa que o pagamento diz respeito apenas ao vencimento do mês passado e não inclui o subsídio de Natal.

O grupo detém, além do DN e JN, títulos como o Dinheiro Vivo e O Jogo, entre outros.

O Grupo Bel deu uma garantia à Vasp para adiantar dinheiro à Global Media com o objetivo de pagar os salários de dezembro dos trabalhadores do grupo, disse na quarta-feira à Lusa fonte ligada ao processo.

“Os trabalhadores dos títulos da Global Notícias continuam, ao dia 23 de janeiro, sem receber os salários de dezembro, o subsídio de Natal, em alguns casos o subsídio de férias e, no caso dos colaboradores (prestadores de serviços), os pagamentos de novembro”, referiam na quarta-feira os delegados sindicais da Global Media Group (GMG), em comunicado divulgado ao final da tarde.

Entretanto, depois ter de sido conhecido que a assembleia-geral da GMG, que entre os pontos da ordem de trabalhos está a destituição do atual Conselho de Administração, se realiza em 19 de fevereiro, os delegados sindicais manifestaram-se surpreendidos e indignados com a data.

De acordo com a informação da ERC, a participação efetiva da Páginas Civilizadas na GMG é de 50,25% do capital e dos direitos de voto. Esta posição é calculada a partir da soma da detenção direta de 41,51% e da indireta, através da Grandes Notícias Lda, de 8,74%.

O fundo WOF tem uma participação de 25,628% do capital social e dos direitos de voto da GMG.

Por sua vez, o Grupo Bel, de Marco Galinha, diretamente e através das suas sociedades Norma Erudita, Lda., e Palavras de Prestígio, Lda., detém uma participação efetiva de 24,623% do capital social e dos direitos de voto da dona do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF, O Jogo, Dinheiro Vivo, Açoriano Oriental, entre outros.
A KNJ, de Kevin Ho, detém 29,350% e José Pedro Soeiro 20,400%.

Resumindo, a Global Media é detida diretamente pela Páginas Civilizadas (41,510%), KNJ (29,350%), José Pedro Soeiro (20,400%) e Grandes Notícias (8,740%).

Na semana passada, o World Opportunity Fund, que tem o controlo de gestão da GMG, informou da sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão do regulador ERC e de um alegado procedimento cautelar.

Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

Em 21 de setembro, o WOF adquiriu uma participação de 51% na empresa Páginas Civilizadas.

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