Van Zee, a pérola do Atlântico

por Diogo Maia,    12 Março, 2024
Van Zee, a pérola do Atlântico
Fotografia de NAZ (@naz.ptt) / Universal Music Portugal
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Tudo o que é extraordinário, raro ou novo. Coisa surpreendente. Pessoa de dotes extraordinários. Das diferentes definições da palavra fenómeno, Sebastião Caldeira, artisticamente conhecido como Van Zee (do mar, em holandês), assenta em todas como uma luva. 

O que dizer de alguém que, aos 22 anos, já trabalhou com nomes como Diogo Piçarra, Carolina Deslandes, Ivandro, Julinho Ksd, Bispo ou FRANKIEONTHEGUITAR, tem hits a passar pelas rádios mais ouvidas do país e, em Dezembro do ano passado, lançou um álbum que já é de ouro? Este contexto torna-se ainda mais surreal quando estamos perante um artista que ainda não tem uma mão cheia de concertos em nome próprio. Aliás, à data deste texto, tem dois. 

Fotografia de NAZ (@naz.ptt) / Universal Music Portugal

Na primeira de duas datas no Capitólio, esgotadas há meses, Van Zee não quis deixar nada por mãos alheias: ao longo de mais de 1h de show, tivemos a oportunidade de conhecer o novo álbum do.mar, ouvir hits antigos que, segundo o próprio, não voltará a cantar e ainda a apresentação ao vivo de Benção, música lançada com Bispo e Mizzy Miles no dia 1 de Março. Estreia de sonho, diria.

Há qualquer coisa neste miúdo que nos dá a sensação de que isto é só o início. Sempre de sorriso no rosto, constantemente agradecido e preocupado em entregar um bom produto final, o artista da Universal foi acompanhado em uníssono por uma legião de fãs que sabia todas as letras, do início ao fim. Isto ganha outra dimensão quando falamos de um concerto composto por 27 músicas. Se esta é uma proeza difícil de alcançar com 30 anos de carreira, imaginem com a idade do Zee.

Fotografia de NAZ (@naz.ptt) / Universal Music Portugal

Não é mesmo habitual alguém com pouco mais de duas décadas de existência entregar um concerto de apresentação de álbum tão extenso, com tanto banger e que tenha já uma turma de apoio tão bem estabelecida. O mote foi lançado para o resto do ano: serão 40 as datas espalhadas pelo país, ou seja, 40 oportunidades para acompanhar e ver de perto um dos talentos nacionais mais promissores da sua geração. 

O jovem madeirense é uma pérola em bruto que parece pronto para enfrentar as marés altas que se avizinham. A forma como encarou de frente o Capitólio faz-nos acreditar que estamos perante um artista que, com o acompanhamento e a paciência devidos, poderá marcar uma era do hip-hop/R&B portugueses. A maré subiu e com ela subiram também as expectativas. O mérito é teu, Sebastião. 

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